Opinião

A homoafetividade como destino

Amparar
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“Os homoafetivos têm exatamente o mesmo direito a exercer a sua sexualidade que todos os demais. Assim, quando buscam uma vida comum, e uma vida comum que dure com direitos, manifestam uma reivindicação que está em ordem” (Bert Hellinger)

Talvez, para alguns, pareça que Hellinger afirma algo óbvio quando defende o direito da pessoa homoafetiva ao exercício de sua sexualidade e de estabelecer uma união amparada pelo Direito. Sim, realmente assim DEVERIA ser!

Destacamos que “deveria” ser assim, porque diariamente somos informados pela mídia com notícias de práticas hostis, algumas vezes até violentas, contra pessoas homoafetivas. O respeito à dignidade da condição de cada ser humano ainda está longe de ser algo “óbvio”. Infelizmente!

Bert Hellinger foi criador de uma nova prática psicoterapêutica: a Constelação Familiar Sistêmica. A sua manifestação grifada na frase que dá título a esta reflexão não deve ser lida no contexto do Direito, e sim da Psicoterapia.

Desde esta perspectiva, Hellinger nos alerta de que a homoafetividade deve ser compreendida como o “destino” de alguém muito antes do que uma questão de escolha ou de predisposição genética.

Enquanto “destino” não se trata de algo que seja necessário ser “modificado” ou “reconvertido” como se fosse algo “anormal” ser homoafetivo. A pessoa não “escolhe” ser homoafetiva! Quando olhamos para ela como um destino que ela carrega, somos capazes olhar com respeito e admiração para esta pessoa.

Quando alguém aceita com dignidade sua condição, neste caso a condição de homoafetiva, a pessoa recebe dessa consciência uma força nova capaz de viver uma vida feliz. Aceitar nossa vida tal como a recebemos é tomá-la como nosso “destino”. Em outras palavras, como aquilo que nos cabe carregar com dignidade.

Olhar nossa vida, tal como ela é, como um destino que nos foi dado, nos leva a aceitá-la tal como é e fazer dela – dentro das condições em que ela nos foi dada – o possível para que alcance êxito. A vida é algo que nos é “destinado”. Cada um carrega o seu destino. Vivê-lo na condição de homoafetivo(a) é apenas um modo, entre outros, de vivê-lo!

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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar

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