Cotidiano

Vagas para escrivães são apenas 14% do necessário no Estado

Cascavel – Na tentativa de amenizar a histórica falta de efetivo da Polícia Civil que teve a situação agravada durante a gestão Beto Richa, o governo do Estado publicou ontem, em Diário Oficial, a abertura de concurso com 100 vagas de escrivães, autorizado pela governadora Cida Borghetti.

A contratação não resolve a falta de profissionais no estado e são apenas 14% do que seria necessário para suprir o que é garantido por lei mas que não é cumprido. O último concurso para a carreira de escrivães foi feito em 2009 e as últimas contratações referentes ao concurso, em 2013.

De acordo com a Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná), são 1.400 cargos de escrivães garantidos por lei e são apenas 663 preenchidos. “Isso quer dizer que faltam 737 cargos a serem nomeados. Mas isso é histórico. Essa contratação para 100 profissionais vem como um pouco de água para quem está há dias no deserto”, compara o presidente da Adepol, delegado Daniel Prestes.

Com a necessidade de pessoal, os 100 futuros aprovados em concurso serão absorvidos imediatamente. “Considerando todas as carreiras da Polícia Civil, de delegado, investigador, escrivão e papiloscopista, estamos trabalhando, no Paraná, com pouco mais de 50% do efetivo que seria necessário para se fazer um bom trabalho, e mesmo com a falta de profissionais estamos com uma desenvoltura exemplar”, lamenta Prestes.

Distribuição

Das 100 vagas, 30 são para Curitiba, 20 para a Região Metropolitana de Curitiba e 50 para o interior do Paraná. A carga horária é de 40 horas semanais e a remuneração é de R$ 5.752,41.

Qualquer pessoa com diploma de ensino superior reconhecido pelo Ministério da Educação pode participar do certame, que tem validade de dois anos, a contar da data de publicação do resultado. As inscrições podem ser feitas a partir das 17h do dia 17 de setembro de 2018 até as 23h do dia 9 de outubro, apenas pela internet, no site www.cops.uel.br. A taxa é de R$ 120.