Economia

Unioeste: pesquisa aponta que preços dos produtos do café da manhã estão mais altos

Os alimentos que tiveram elevação nos preços foram o açúcar, café, tomate, pão e o leite

Unioeste: pesquisa aponta que preços dos produtos do café da manhã estão mais altos

Custo da cesta básica teve redução em dois municípios do Sudoeste do Paraná no mês de junho, é o que indica pesquisa desenvolvida pelo Grupo de pesquisa em Economia, Agricultura e Desenvolvimento (GPEAD) ligado ao curso de Ciências Econômicas da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus de Francisco Beltrão e instituições parceiras. Essa pesquisa acontece mensalmente nos munícipios de Francisco Beltrão, Pato Branco e Dois Vizinhos.

Os dados da pesquisa evidenciaram que, em junho, o preço da cesta básica individual mais elevada foi a de Dois Vizinhos, R$ 488,03, seguida de Francisco Beltrão, R$ 478,94. Já a de menor custo foi a de Pato Branco, R$ 459,27. Assim, houve redução no valor da cesta de R$ 2,46 (-0,51%) em Francisco Beltrão e R$ 9,32 (-1,99) em Pato Branco, e um pequeno aumento em Dois Vizinhos R$ 1,64 (0,34%) em comparação com o mês anterior.

Nessas cidades, os alimentos que tiveram elevação nos preços foram o açúcar, café, tomate, pão e o leite, já as retrações aconteceram nos preços da carne bovina de primeira, do feijão preto, da batata e da banana. O litro de leite teve aumento de 6,95% em Dois Vizinhos, 1,68% em Francisco Beltrão e 8,90% em Pato Branco, resultado da baixa oferta em função da entressafra do leite, o clima seco e os maiores custos de produção.

Assim como o litro do leite, o preço quilo médio do açúcar tipo cristal também apresentou alta nas três cidades do Sudoeste: Dois Vizinhos (15,36%), Francisco Beltrão (11,10%) e Pato Branco (10,92%). Segundo o Dieese, a alta no preço do açúcar advém da “menor produtividade nos canaviais brasileiros” conjugada às exportações aquecidas.

O óleo de soja teve elevação apenas em Pato Branco (1,61%), enquanto em Dois Vizinhos e em Francisco Beltrão o movimento foi de queda relativamente moderada (-0,70%) e (-0,08%), respectivamente. De acordo com o Dieese, “apesar do recuo nos preços da soja, devido às desvalorizações do dólar e à menor demanda de óleo para produção de biocombustível, no varejo, o produto seguiu em movimento de alta”. Nesse sentido, as altas refletem ainda as dificuldades do setor alimentício em obter a matéria-prima.

Nas cidades pesquisadas pelo GPEAD, o preço médio do quilo da carne bovina se manteve estável ou queda moderada, em Francisco Beltrão a elevação foi de (0,04%) enquanto em Dois Vizinhos teve queda de (-0,18%) e em Pato Branco de (-0,71%). Já o café em pó apresentou aumento de preço médio nas três cidades, (5,14%) em Dois Vizinhos, (6,64%) em Francisco Beltrão e (5,18%) em Pato Branco. A pesquisa aponta que tal comportamento seja reflexo da retração da oferta e do clima desfavorável para a lavoura.

Os alimentos que tiveram reduções nos preços nas cidades pesquisadas foram a banana, que ficou entre (-4,05%) em Francisco Beltrão e (-26,47%) em Pato Branco e a batata, que variou de (-14,70%) em Dois Vizinhos a (-34,06%) em Francisco Beltrão. Para ambos os produtos, o aumento da oferta acompanhado da queda da demanda (caso da batata) ou manutenção (caso da banana), explicam a referida variação nos preços.

A pesquisa observa ainda que o salário mínimo nacional, tanto o bruto quanto o líquido, mostraram-se, em junho, insuficientes para assegurar a aquisição da cesta básica de alimentação familiar, portanto se consideradas as necessidades básicas para além da alimentação, o salário mínimo deveria ter sido de: R$ 4.099,95 em Dois Vizinhos; R$ 4.023,62, em Francisco Beltrão e R$ 3.858,34, em Pato Branco.