Cotidiano

PTI prepara segunda versão de aplicativo que faz leitura dos instrumentos da usina de Itaipu

O sistema vem sendo utilizado pela equipe de leituristas da hidrelétrica há mais de um ano

PTI prepara segunda versão de aplicativo que faz leitura dos instrumentos da usina de Itaipu
As muitas planilhas de papel utilizadas pela equipe de leituristas que faz a coleta dos dados da instrumentação da barragem da Itaipu Binacional aos poucos vêm sendo substituídas. O processo foi modernizado graças a um aplicativo desenvolvido pelo Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens (Ceasb) e pela área de TI do Parque Tecnológico Itaipu (PTI).
Desde outubro de 2017 o aplicativo Coletores é usado na usina. Uma segunda versão do sistema está sendo desenvolvida pelo Ceasb a partir de sugestões de melhorias feitas pelos integrantes da equipe de leituristas, a fim de deixá-lo mais adequados às necessidades do trabalho diário.
A ampla instrumentação – são mais de 2500 instrumentos – é um dos fatores que atestam a barragem de Itaipu como uma das mais seguras do mundo. Nessa medição, eles coletam dados de variados tipos de grandeza, como temperatura, vazão, pressão e deslocamentos. Esses dados servem para comprovar que o comportamento da estrutura é conforme previsto em projeto.
Todo o processo de leitura dos instrumentos era feito de forma manual – os técnicos vão a campo com planilhas de papel, anotam os dados e, quando voltam para o escritório, lançam os dados no sistema de análise dos dados.  Agora, com o uso dos tablets, os leituristas inserem as informações no aplicativo e quando voltam para suas salas apenas sincronizam os dados com o sistema.
De acordo com o analista do Ceasb Rodrigo de Lima Rodrigues, o Coletores traz ainda o valor da última leitura do instrumento e utiliza os dados registrados nos últimos seis meses para verificar se as informações estão condizentes com o período. “Aumenta a eficiência, informatiza o processo de leitura, reduz o trabalho manual dos leituristas e elimina a utilização de papéis em campo”, comenta, sobre os objetivos do uso do aplicativo.
Como muitos instrumentos ficam em áreas onde não há conexão de internet, o aplicativo funciona no modo offline. O coordenador da equipe de coleta de dados da Itaipu, Diego Liska, explica que outro ganho para a hidrelétrica com o uso do sistema é a redução da possibilidade de equívocos. “Eu vou a campo, digito o dado direto no aplicativo e quando chego aqui ele conversa com o meu sistema e insere esses dados para mim. Basta que eu confira. Eu tenho um passo a menor no processo e isso diminui também a possibilidade de erro”.
Assim que o aplicativo do Ceasb ficou pronto, Diego conta que foi feito um processo de testes em que foram sugeridas algumas melhorias, mas foi a partir do uso da equipe de 15 leituristas que foram identificadas mais alterações para que o sistema esteja bem adequado às necessidades do trabalho. Uma entrega parcial da segunda versão deve ser feita ainda neste mês e a finalização está prevista para outubro deste ano.
Em novembro de 2017 o Centro de Estudos Avançados em Segurança de Barragens do PTI entregou à Sanepar um software semelhante ao da Itaipu, para a coleta de dados da instrumentação das barragens da companhia.