Cotidiano

Paraná Trifásico conclui 4,3 mil quilômetros de novas redes em 198 municípios

Programa já beneficia 198 municípios paranaenses. Maior programa do gênero no País vai garantir infraestrutura de qualidade para que setor agropecuário paranaense tenha condições de crescer

Paraná Trifásico
Antonio Olinto-Pr
Gilson Abreu/AEN
Paraná Trifásico Antonio Olinto-Pr Gilson Abreu/AEN

Desde que começou a ser implementado, o programa Paraná Trifásico entregou 4.285 quilômetros de novas redes de energia elétrica, construídas por todo o Estado. As obras concluídas já beneficiam 198 municípios paranaenses, que receberam a nova rede, trifaseada e com redundância no atendimento, com interligações.

A extensão do cabeamento instalado equivale a seis vezes a distância entre as cidades de Foz do Iguaçu e Paranaguá. O Paraná Trifásico vai construir 25 mil quilômetros de redes trifásicas até 2025. Até o fim de 2021, serão concluídos 6,5 mil quilômetros.

Do total concluído, 1.015 km foram construídos na região Centro-Sul, 942 km nas regiões Oeste e Sudoeste, 908 km na região Leste, 755 km na região Noroeste e 665 km na região Norte do Paraná. Até agora, o investimento foi de R$ 403 milhões do total de R$ 2,1 bilhões previstos até 2025.

As obras da nova rede trifásica estão gerando cerca de mil empregos diretos e indiretos em todo o Paraná.

“A implementação do programa, o maior do gênero no País, está andando a passos largos”, afirma o presidente da Copel, Daniel Slaviero. “Vamos contribuir para o desenvolvimento do Estado, fornecendo infraestrutura de qualidade para que o pujante setor agropecuário paranaense tenha condições de crescer ainda mais”.

PRODUTORES – No Centro-Sul do Paraná, as obras incluem a interligação de 11 km na região da Colônia Witmarsum, em Palmeira. A localidade é referência na produção de leite de alta qualidade no Estado e, com a obra, os produtores terão uma fonte alternativa de fornecimento de energia. Ao todo, 500 unidades consumidoras serão diretamente beneficiadas.

No município de Tibagi, as obras estão trazendo benefícios para o setor agrícola e para o turismo. O trifaseamento de 10 km de cabos na região do Cânion do Guartelá, um dos principais pontos turísticos do Estado, ajuda a fortalecer a rede e melhora a qualidade do fornecimento de energia da região. A obra beneficia 1.000 unidades consumidoras de Tibagi e Piraí do Sul – em grande parte produtores rurais e empreendedores do setor de turismo.

Na região Sudoeste, uma interligação entre alimentadores (espinha dorsal da rede, que abastece regiões inteiras), reforçou a rede que atende os municípios de Renascença e Vitorino. A região apresenta uma produção agropecuária diversificada, com produção de leite, grãos e frangos. A obra beneficia 1.124 unidades consumidoras dos dois municípios.

“As intervenções estão dentro do cronograma, fruto do trabalho cooperativo de todos os envolvidos, desde as fases iniciais. O planejamento prevê, até o final do ano, ultrapassar a marca de 6.000 km de redes. No momento já atingimos 71% desse patamar, com 4.285 km já concluídos”, explica o gerente do departamento de expansão de redes e gerenciamento de infraestrutura da Copel, Marcos André Bassetto.

PROGRAMA  Toda a espinha dorsal da ree de distribuição no campo está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. A Copel vai investir R$ 2,1 bilhões para alcançar todos os cantos do Paraná.

Os novos cabos com capa protetora isolante têm nível de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos. O programa também retira os postes antigos do meio das plantações e coloca postes novos nas estradas rurais, o que facilita o acesso dos técnicos.

As linhas que estão sendo construídas têm conexões inteligentes com a central de monitoramento da rede, chamados de religadores automáticos. Esses equipamentos têm capacidade para identificar problemas e podem religar a energia sem precisar de interferência humana.

Culturas que dependem da energia elétrica intensiva para a sua produção terão grande benefício, entre elas leite e derivados, suinocultura, avicultura, piscicultura e fumo, por exemplo, além de atividades como os poços artesianos. O Paraná é líder nacional em algumas delas, como avicultura e piscicultura.