Cotidiano

O Cemic virou quarentão!

Ontem foi dia de comemoração no Cemic (Centro de Estudos do Menor e Integração na Comunidade). A entidade celebrou 40 anos de fundação junto das 160 crianças e adolescentes que participam, em contraturno escolar, das atividades oferecidas no local, no Bairro São Cristóvão.

Conforme o presidente do Cemic, Fernando Noro, o trabalho do Centro é fundamental ao município. “É aqui que a criança e o adolescente aprendem os valores da vida, têm contato com várias atividades como informática, esportes e brincadeiras. Essa ação feita por voluntários faz uma diferença muito grande na vida deles”, relata.

Longe das drogas

Parte de quem frequenta o Cemic se encontra em situação de risco ou possui necessidades básicas de alimentação, formação, lazer e educação. Infelizmente, muitas delas vivenciam a criminalidade na própria casa e são influenciadas pelos exemplos de seu dia a dia.

Para minimizar os impactos destes problemas, Noro conta que a entidade possui psicóloga e assistente social que vão até o endereço destas crianças e adolescentes para avaliar as suas reais condições. “Esses profissionais vão até as residências para ver de que maneira as crianças estão vivendo”, afirma. “Para ajudá-las a ficar longe das drogas e da marginalidade elas vêm para cá para jogar futsal, participar de palestras, ter aulas de computação, formas que encontramos de tirá-las da rua e de todos os seus perigos”, explica o presidente.

E foi pensando nisso que Angela Simões de Oliveira Vieira encaminhou os três filhos ao Cemic. Segundo ela, o mais velho, de 15 anos, ingressou na Guarda Mirim e hoje está à procura de emprego. Os outros dois, uma menina de 14 e um menino de 12 anos, frequentam o Centro para praticar esportes no período em que não estão na escola.

“Gosto muito quando eles estão aqui aprendendo algo de bom. Assim, ficam longe das ruas e de tudo que tem de ruim. Vejo até uma melhora em casa, meus filhos estão mais organizados e disciplinados”, garante a mãe.

Embora faltem alguns dias para o Natal, o Bom Velhinho já atendeu aos pedidos das crianças e adolescentes do Cemic. A entrega de presentes fez parte da programação de aniversário, que foi acompanhada ainda de missa e almoço.

De acordo com Noro, cada um dos participantes escreveu uma cartinha dizendo o que queria ganhar do Papai Noel. O presidente garante que nenhuma criança ficou sem presente.