Economia

Mercado internacional: Importações e exportações disparam; saldo é recorde

Cafelândia – Na contramão do cenário nacional, as exportações do oeste do Paraná avançaram 15% no primeiro bimestre do ano, mas a grande revelação continua sendo as importações, que mantêm ritmo acelerado e o crescimento chega a 33% no período. Apesar das duas condições, o saldo da balança, calculado pela subtração das importações às exportações, segue o melhor da série história, iniciada ainda nos anos de 1990.

Isso é o que revelam os dados da Balança Comercial, divulgados pelo Ministério da Economia, com base nas movimentações feitas nas sete principais economias exportadoras da região que juntas representam mais de 95% de tudo o que é vendido daqui para fora.

As vendas para fora do País somam US$ 230,4 milhões no primeiro bimestre deste ano, contra US$ 200,3 milhões em 2018.

A exportação das carnes lidera as transações internacionais do oeste. Somente a avicultura respondeu por cerca de 70% seguida pelo complexo soja, que também manteve aumento. “Isso é um excelente sinal para o oeste. Significa que a economia regional vai bem e está se consolidando cada vez mais. As carnes da região são referência para o mundo e o mais importante, além de manter, estamos expandindo mercado”, reforça a economista Regina Martins.

Se comparados os meses de janeiro e fevereiro deste ano, por exemplo, as exportações cresceram 8%. No primeiro mês do ano a soma das vendas externas chegava a US$ 111 milhões. Em fevereiro foram US$ 120 milhões. “Tem a questão da colheita da soja que aumenta o escoamento dos grãos para o porto e influencia as exportações da região, mas têm questões relacionadas ao mercado das carnes que não é sazonal. Ou seja, devemos ter um ano com vendas aceleradas e que prometem ser recordes mais uma vez”, segue a economista.

Importações

As importações regionais, que nos sete principais mercados da região somaram no primeiro bimestre do ano passado US$ 64,4 milhões, saltaram para quase US$ 86 milhões. Na liderança seguem os insumos para produção de ração e adubos: “Isso representa um aumento na confiança. Quando a economia está travada e o dólar instável, a tendência é segurar as importações. Elas crescendo pelo segundo mês consecutivo, aponta uma confiança maior na economia. Neste caso só compra a matéria-prima quem tem para quem vender o produto acabado, como o caso das rações e adubos”, completa.

Por município

Cascavel foi o município que mais exportou no bimestre, com quase US$ US$ 69,4 milhões em transações, volume 63% maior que no início de 2018. “No caso de Cascavel havia um frigorífico que estava operando mais timidamente, após um processo de recuperação judicial. Esta nova elevação [nas exportações locais] também pode estar relacionada à sua venda para uma cooperativa que tem mercado consolidado”, avalia.

O município que mais exportou no oeste também foi o que mais importou com elevação das compras de 115%, saindo de US$ 15,7 milhões (janeiro e fevereiro 2018) para US$ 33,5 milhões no mesmo período em 2019.

Já em Cafelândia, tanto as importações quanto as exportações recuaram no período. As compras de outros países que somavam US$ 3,2 milhões em 2018 baixaram para pouco menos de US$ 2,5 milhões agora, redução de 22%. As exportações recuaram 26%, baixando de US$ 31,4 milhões para US$ 23,3 milhões.

Saldo da balança

Apesar do avanço nas duas pontas – compra e venda – o saldo da balança comercial da região é o melhor em quase 30 anos. São quase US$ 144,9 milhões em caixa. “E temos tudo para fechar 2019, se não houver interferências de mercado a partir de discussões políticas ou sanitárias, com um saldo superior a US$ 1 bilhão”, avalia a economista.

Portos do Paraná

Nos primeiros dois meses de 2019, os Portos do Paraná movimentaram mais de 7,2 milhões de toneladas de carga. Destaque para o aumento de 180% da movimentação por Antonina. A importação de fertilizantes pelo terminal Ponta do Félix cresceu de 62.221 toneladas, no primeiro bimestre de 2018, para 174.384 toneladas em 2019.

“Essa alta representa a retomada das movimentações por Antonina. Esperamos que o crescimento se mantenha, principalmente com as melhorias previstas para o acesso aquaviário”, afirma o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “No próximo mês, iniciaremos mais uma campanha de dragagem e, com isso, os navios poderão carregar ainda mais produtos”, adianta.

A dragagem de manutenção do canal de acesso e bacia de evolução do Porto de Antonina já está contratada e deve iniciar em abril. Com a retirada de areia e sedimentos do fundo do mar, a profundidade que hoje é de 7,5 metros deve voltar aos 9,30 metros.

Dos mais de 7,2 milhões de toneladas movimentados no primeiro bimestre de 2019, quase 4,7 milhões são de granéis sólidos. Neste segmento, o destaque está na exportação de soja, via Porto de Paranaguá, que aumentou 24%. Nos primeiros dois meses do ano, foram mais de 1,6 milhão de toneladas exportadas da commoditie. No mesmo período, em 2018, foram 1,35 milhão.

Na importação, destacam-se as altas nos volumes de trigo (91%), sal (52%) e cevada/malte (27%). No primeiro bimestre deste ano, foram 126.305 toneladas importadas de trigo; 63.393 toneladas de sal; e 124.068 toneladas de cevada/malte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Box – pode ficar fora

 

Portos do Paraná

 

Nos primeiros dois meses de 2019, os Portos do Paraná movimentaram mais de 7,2 milhões de toneladas de carga. Destaque para o aumento de 180% da movimentação por Antonina. A importação de fertilizantes pelo terminal Ponta do Félix cresceu de 62.221 toneladas, no primeiro bimestre de 2018, para 174.384 toneladas em 2019.

“Essa alta representa a retomada das movimentações por Antonina. Esperamos que o crescimento se mantenha, principalmente com as melhorias previstas para o acesso aquaviário”, afirma o diretor-presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “No próximo mês, iniciaremos mais uma campanha de dragagem e, com isso, os navios poderão carregar ainda mais produtos”, adianta.

A dragagem de manutenção do canal de acesso e bacia de evolução do Porto de Antonina já está contratada e deve iniciar em abril. Com a retirada de areia e sedimentos do fundo do mar, a profundidade que hoje é de 7,5 metros deve voltar aos 9,30 metros.

Dos mais de 7,2 milhões de toneladas movimentados no primeiro bimestre de 2019, quase 4,7 milhões são de granéis sólidos. Neste segmento, o destaque está na exportação de soja, via Porto de Paranaguá, que aumentou 24%. Nos primeiros dois meses do ano, foram mais de 1,6 milhão de toneladas exportadas da commoditie. No mesmo período, em 2018, foram 1,35 milhão.

Na importação, destacam-se as altas nos volumes de trigo (91%), sal (52%) e cevada/malte (27%). No primeiro bimestre deste ano, foram 126.305 toneladas importadas de trigo; 63.393 toneladas de sal; e 124.068 toneladas de cevada/malte.