Cotidiano

Estudo mostra que empresas brasileiras são as que mais sofrem com as fraudes no e-commerce

Operações fraudulentas podem ser uma grande dor de cabeça para quem tem e-commerce. Os custos com a reparação dos danos, ressarcimento de clientes e o impacto nas receitas são até 3,44 vezes maior do que o valor da operação em si, sem contar nos 2,47% de perda de receita anual das empresas que sofreram fraudes. De acordo com uma pesquisa feita pela LexisNexis Risk Solutions em setembro de 2018 com 377 profissionais ligados ao combate de fraudes, o Brasil é um dos países mais afetados.

A pesquisa avaliou a realidade de países latino-americanos, como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. A conclusão é de que os varejistas do e-commerce e as empresas financeiras brasileiras possuem um custo maior do que todos os outros países analisados. Se por um lado o comércio eletrônico teve uma expansão considerável nos últimos anos — só em 2015, a estimativa do setor era de 15% de crescimento e faturamento de R$ 69 bilhões –, foi necessário mais preocupação com a segurança dos sistemas e das operações financeiras.

Novos golpes e fraudes com cartões de créditos foram desenvolvidas e obrigaram as empresas a fazer um sistema próprio de segurança ou contratar serviços especializados. Uma das alternativas para as lojas virtuais é contar com uma ferramenta de antifraude e-commerce, para detectar as transações suspeitas e monitorar a plataforma de compras 24 horas por dia.

Um dos principais responsáveis pelo risco de fraude é a expansão do uso dos smartphones, de acordo com o estudo. Apesar do aumento da atuação de cibercriminosos nos dispositivos mobile, 71% dos executivos brasileiros preferem manter essa facilidade, já que grande parte das compras, se não a maior, se concentra nos smartphones. Além disso, para aqueles que atuam no e-commerce (compras mobile), o custo da fraude é ainda maior e pode chegar a 3,58 vezes o valor perdido na transação e 2,6% de custos com fraude em suas receitas anuais.

Mesmo com todos esses dados preocupantes, as empresas brasileiras ainda não estão devidamente preparadas para combater as fraudes financeiras no e-commerce. Segundo o estudo, uma parte considerável não rastreia os custos com fraude por canal e método de pagamento, além disso ? das operações sinalizadas como suspeitas são enviadas para as demoradas e custosas análises anuais. A principal dificuldade das lojas virtuais é a verificação da identidade. Como a verificação é feita por meio do CPF, na maioria das lojas on-line, os criminosos também vendem esses números de forma clandestina para as operações fraudulentas.