Cotidiano

Educação alerta para reforço na segurança

Após o ataque em Suzano, os professores estão preocupados

As direções de escolas municipais de Cascavel receberam da Secretaria de Educação um alerta para que a segurança interna seja reforçada por meio de medidas imediatas. As atitudes descritas em ofício foram estabelecidas após o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, interior de São Paulo, que terminou com dez mortes.

As orientações gerais estabelecem medidas para aprimorar a segurança de alunos, professores e demais servidores. São medidas que a Secretaria de Educação informa ter reforçado: “Já são adotadas pelas escolas e pelos Cmeis [Centros Municipais de Educação Infantil], como a atualização do cadastro do aluno, mantendo atuais os contatos dos pais ou dos responsáveis legais, bem como a lista de pessoas da família que estão autorizadas a retirar o aluno do estabelecimento de ensino”, informou, em nota, a Secretaria de Educação.

Outra precaução é que os portões externos sejam mantidos fechados fora dos horários de entrada e saída dos alunos e que, nesses momentos de fluxo, na medida do possível, um servidor possa acompanhar o movimento de pessoas. O ofício ainda orienta que os servidores se organizem para acompanhar o recreio dos alunos e verifiquem nas dependências da escola situações fora do comum ou presença de estranhos.

O vereador Roberto Parra (MDB) questiona o Município a respeito das medidas adotadas e apoia o reforço da segurança afim de evitar que o caso possa atingir escolas de Cascavel.

Entre as orientações, o vereador argumenta a necessidade de que os alunos só sejam liberados com a ajuda de funcionários e os portões fiquem fechados. “Não existem guardas patrimoniais suficientes para as escolas e ficamos sabendo que em algumas escolas crianças estão saindo sem que os profissionais fiquem sabendo. Se isso estiver ocorrendo, medidas drásticas devem ser tomadas. Embora estejamos no limite prudencial [dos gastos com a folha de pagamento], não podemos usar essa situação como desculpa em relação à segurança das nossas crianças”, diz o vereador.

Reportagem: Josimar Bagatoli