Cotidiano

Construtora curitibana deve assumir a obra

Com mais de quatro décadas de existência, a curitibana OTT Construções e Incorporações está prestes a receber o aval do prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) para iniciar os trabalhos no Aeroporto de Cascavel. Ela apresentou o menor valor entre as 11 participantes no certame realizado este mês, no valor de R$ 16.388.084 para a construção do novo terminal de passageiros e outras adequações.

O resultado publicado em Diário Oficial confere à empresa a primeira colocação, a qual chegou a ficar ameaçada com recurso apresentado pelo segundo colocado, o Consórcio B4 Construções Civis Ltda e Pauletto, Pauletto & Cia Ltda, que, por se tratar de empresa de pequeno porte, teria prioridade para dar novo lance. O Consórcio chegou a propor valor menor, um desconto de três centavos, pois estava sustentado no edital feito com base na legislação federal, que considera que, ao existir diferença de 10% do valor da ganhadora, uma empresa de pequeno porte pode cobrir o valor. “Porém, devido ao novo recurso, foi verificado que o Consórcio não se enquadrava mais como empresa de pequeno porte”, explica Edson Zorek, secretário de Planejamento e Gestão.

Contagem regressiva

A partir de hoje começa a correr prazo de cinco dias e, caso nenhuma outra empresa recorra da decisão, a prefeitura poderá homologar a licitação e liberar o início das obras pela OTT.

O setor de licitações da prefeitura já analisou os valores estabelecidos na pesquisa feita pela empresa para a execução da obra. Esse seria um dos poucos pontos que poderiam ser questionados pelas demais perdedoras, e, segundo Zorek, “todos estão de acordo com a prática de mercado”.

A possibilidade de alguma empresa recorrer à Justiça contra o resultado do certame também não está descartado.

Histórico

A OTT, ganhadora da licitação do aeroporto, ficou por muito tempo executando obras do setor supermercadista, a rede Mercadorama. Hoje atua com obras públicas, como Tribunais de Justiça, um deles em Minas Gerais, com 7 mil metros quadrados; o Fórum de Pato Branco, e um hospital no interior de São Paulo, de 15 mil metros quadrados. “Possuímos uma diversidade de obras. Procuramos prezar pela qualidade”, garante Gisele Ott, diretora da empresa, que também ressalta a necessidade de análise da estrutura deixada pela antiga construtora, pois “o projeto teve alteração e será preciso readequar a estrutura”.

A obra do novo terminal está parada desde 2016, quando a empresa Onça Construções deixou de executar o projeto. O projeto do novo terminal inclui salas de embarque, espera, VIP, lanchonete, quiosque, praça de alimentação no piso superior com restaurante, lanchonete, sanitários, mirante, área técnica coberta para recebimento e despacho das bagagens e pátio para até três aeronaves modelo boeing 737-800, que tem capacidade para 215 passageiros.