Economia

Bolsonaro diz que valor do Bolsa Família pode dobrar

Caso seja confirmado o aumento máximo, o valor pago aos beneficiários do programa chegaria perto dos R$ 400

Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da cerimônia de cumprimento aos Oficiais Generais promovidos
Presidente da República, Jair Bolsonaro, participa da cerimônia de cumprimento aos Oficiais Generais promovidos

Recife – Em entrevista a uma emissora de televisão de Pernambuco nessa terça-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo pode dobrar o valor médio pago aos beneficiários do Bolsa Família. “Estamos ultimando esforços e estudos no sentido de dar um aumento de, no mínimo, 50% para o Bolsa Família, podendo chegar até 100% em média. E, com isso daí, além de atendermos a população, prepara o Brasil para voltar à normalidade”, disse à TV Asa Branca.

Caso seja confirmado o aumento máximo, o valor pago aos beneficiários do programa chegaria perto dos R$ 400 – atualmente, o valor médio é de R$ 192, pago a quase 15 milhões de brasileiros. Em junho, o presidente havia declarado que o benefício poderia chegar a R$ 300.

O governo estuda reformular e ampliar o Bolsa Família depois que a nova rodada do auxílio emergencial acabar, em novembro. Por isso, Bolsonaro pressiona a equipe econômica para ampliar o reajuste.

Na última segunda (2), o novo ministro da Casa Civil Ciro Nogueira, a ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda, e João Roma, da Cidadania, entregaram aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a PEC que viabiliza a criação do novo programa social do governo, que pode vir a ser batizado como “Auxílio Brasil”, com o valor reajustado defendido pelo presidente.

A quantia que viabilizaria o valor de R$ 400 não consta no texto da PEC dos Precatórios, que sugere o parcelamento do pagamento de decisões judiciais perdidas pela União, abrindo espaço para não furar o teto do Orçamento previsto para 2022.

Na entrevista, Bolsonaro ainda disse ainda que o governo federal vai recomendar o afrouxamento de medidas sanitárias contra a covid-19 nos estados. “Com o processo de vacinação bastante avançado, creio que daqui a poucas semanas o governo federal pode recomendar, já que a decisão no final cabe a governadores e prefeitos, segundo o Supremo Tribunal Federal, mas recomendar o afrouxamento de certas medidas protetivas para que o Brasil sim, volte à normalidade”.