Cotidiano

Ataques de piranhas nas prainhas do oeste põem os bombeiros em alerta

No fim de semana três crianças ficaram feridas em Entre Rios do Oeste

Banhistas devem seguir as orientações dos guarda-vidas - Foto: Patricia Porto
Banhistas devem seguir as orientações dos guarda-vidas - Foto: Patricia Porto

Entre Rios do Oeste – Veranistas que curtem a temporada nas prainhas da Costa Oeste do Paraná estão recebendo alertas do Corpo de Bombeiros sobre ataques de piranhas nas margens usadas para banho. No fim de semana três crianças ficaram feridas em Entre Rios do Oeste. As vítimas têm entre seis e dez anos e foram atendidas por equipes de guarda-vidas, recebendo o devido encaminhamento médico.

Ontem (30) os bombeiros estiveram na área dos ataques para novas vistorias, mas eles não encontraram os peixes. Apesar do imprevisto, a prainha permanece aberta aos turistas.

Para alertar os veranistas, a Secretaria de Esportes providenciou placas informativas. “Esse foi o primeiro ataque registrado. Acreditamos que, por estarmos no período da piracema [período de reprodução dos peixes], as piranhas desovaram na área usada para banho. Houve uma vistoria, mas há pouco o que fazer. Estamos alertando para que os turistas redobrem os cuidados ao entrarem na água”, explica a secretária de Esportes, Joceli Schmitt.

 

A presença de piranhas na Costa Oeste não é novidade. A espécie habita a região há anos e casos semelhantes ocorrem com maior frequência na praia artificial de Itaipulândia. Ali, já foram atendidos 20 casos nesta temporada pelo 9º Grupamento de Bombeiros de Foz, que abrange Foz do Iguaçu, São Miguel do Oeste, Santa Helena e Itaipulândia.

Para amenizar a situação, a administração pública adotou medidas como a implantação de telas para tentar impedir o acesso das piranhas aos banhistas. A ação deverá ser copiada em Entre Rios, onde os bombeiros também estão em alerta.

Na sede do Corpo de Bombeiros de Marechal Cândido Rondon, que atua nas prainhas de Entre Rios e Porto Mendes, esse foi o primeiro registro de ataque em humanos nos seis anos de atuação do tenente Lucas Gabriel Schgol. “Estamos orientando os banhistas. Houve varreduras, mas nada foi encontrado. Nos locais temos salvas-vidas para garantir a segurança dos turistas, que devem permanecer na área de banho. Já registramos acidentes fora desses setores, onde não há monitoramento contínuo das equipes, por isso é importante ficar nos locais já reservados para banho”, orienta Schgol.