Cotidiano

Assistência Social prepara capacitação para adesão ao Programa Família Acolhedora

Inscrições já estão abertas; interessados podem procurar a sede do programa

A Seaso (Secretaria Municipal de Assistência Social) de Cascavel, através do Programa Família Acolhedora, realiza na próxima semana, entre 8 a 13 de julho, o curso de capacitação para famílias interessadas em participar do processo de habilitação para se tornarem “Famílias Acolhedoras”. O curso será realizado de segunda à sexta feira das 19h às 22h e, no sábado, das 14h às 17h, na sede do programa, localizada à Rua Porto Alegre, 557, no Bairro Pioneiros Catarinenses (Antigo Lar dos Bebês).

Atualmente, o Município conta com 160 famílias acolhedoras e 250 crianças e adolescentes acolhidos, com idades que variam de 0 a 18 anos. Há 10 anos o serviço é ofertado pelo Governo Municipal e é referencia para o País. “Muitas prefeituras estão vindo à Cascavel em busca de informações e da nossa metodologia para desenvolverem o programa. Para manter o Família Acolhedora, contamos com recursos do Estado e Governo Federal, mas a maioria das despesas são custeadas com recursos livres do Município”, informou a psicóloga da Seaso Maira Cabrera. Em geral, as crianças e adolescentes que passam a integrar esta família acolhedora são vítimas de violência ou se encontram em situação de vulnerabilidade social. Por determinação do Judiciário, elas são afastadas das famílias de origem.

A psicóloga diz ainda que “todo investimento faz diferença no programa, mas ele só faz sentido se tivermos as famílias com disponibilidade e disposição para se tornar acolhedora”. Segundo ela, a Seaso realiza este curso de capacitação a cada três meses. “Cascavel tem uma rede do bem, de famílias solidárias, que são apoiadoras e fazem a diferença nesta rede de acolhimento”, disse, explicando que recebem uma bolsa auxílio por criança e adolescente acolhidos, conforme estabelecido em lei municipal 6.831 de 09 de abril de 2018.  Cada família pode ter apenas uma criança acolhida ou mais, se for um grupo de irmãos, por exemplo.

Para que uma família interessada se torne uma “acolhedora”, é preciso passar por este processo de capacitação inicial, que corresponde a 18h de atividades. “Neste momento de capacitação elas entendem como é o funcionamento do programa, como funciona, quais necessidades levaram estas crianças e adolescentes a estarem em suas casas. Também entendem o processo de violência e o sistema de garantia de direito que oferece todo acolhimento e da responsabilidade de ter consigo estas crianças e adolescentes”, explicou Maira Cabrera.

Feita esta capacitação, as famílias precisam entregar na sede do programa os seguintes documentos: RG, CPF e certidões emitidas pelo Fórum. As famílias não podem ter nenhuma questão judicial pendente em qualquer esfera. Em seguida a este processo, é feita uma avaliação com a equipe técnica formada por assistentes sociais e psicólogos da Seaso e do Programa Família Acolhedora. “É importante que todos os membros da família concordem com o acolhimento em suas casas. Fazemos uma visita domiciliar e, só depois, a família é comunicada se foi ou não habilitada a ser ‘Família Acolhedora’.

As inscrições para o curso de capacitação podem ser feitas no dia ou então antecipadamente na sede do programa.