Cotidiano

Acordo de planos vai injetar R$ 12 bi na economia

Brasília – O acordo que vai ressarcir os poupadores que tiveram perdas com os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 deve injetar entre R$ 11 bilhões e R$ 12 bilhões na economia brasileira, afirmou o presidente Michel Temer ontem.

"Essa solução trará benefícios diretos aos poupadores e também para o conjunto da economia", disse o emedebista, que participou da cerimônia do lançamento de plataforma eletrônica que vai centralizar os pedidos de indenização, realizada no Palácio do Planalto.

Temer lembrou ainda de medidas parecidas de estímulo de seu governo, como a liberação do saldo de contas inativas do FGTS e a diminuição da idade mínima para o saque do fundo PIS/Pasep, que teriam injetado, juntos, até R$ 51 bilhões na economia brasileira desde o início de seu mandato.

O presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Murilo Portugal, disse acreditar que o acordo com os poupadores que reclamavam a correção das cadernetas pelos planos econômicos ajudará na retomada da economia.

Segundo o executivo, o acerto ajudará especialmente pequenos poupadores, já que 65% das adesões têm até R$ 5 mil a receber. Após cerimônia para o lançamento da plataforma de adesão ao acordo com os bancos no Palácio do Planalto, Portugal disse que "com certeza" a liberação de recursos aos poupadores ajudará no consumo, na retomada da economia.

Digital

O evento no Palácio do Planalto lançou uma plataforma digital que permitirá, já a partir de hoje, a adesão de poupadores ao acordo com os bancos para reposição de perdas provocadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. A adesão será feita por meio de um site que já está no ar: www.pagamentodapoupanca.com.br.

A adesão

O acordo é válido para quem entrou na Justiça para pedir correção da poupança dos planos econômicos Bresser, Verão e Collor 2. O acordo foi fechado entre Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Febrapo (Frente Brasileira Pelos Poupadores) e Febraban, com a mediação da AGU (Advocacia-Geral da União) e acompanhamento do Banco Central. O acordo também foi homologado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A adesão será feita em 11 lotes conforme a idade do poupador. O primeiro atende àqueles nascidos antes de 1928. O nono lote reúne os poupadores mais jovens, nascidos após 1964. Já o lote décimo será de herdeiros ou inventariantes, enquanto o 11º será formado por pessoas que entraram em juízo entre janeiro e dezembro de 2016.