Curitiba – Pela primeira vez desde o início da pandemia, o índice ICF (Intenção de Consumo das Famílias) apresenta resultado considerado favorável. Com 100,7 pontos, o indicador monitorado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e pela Fecomércio PR (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná), segue em ritmo de ascensão desde agosto do ano passado.
A melhor projeção de consumo está entre as famílias de maior renda, entre as quais o ICF cresceu 4,0% em relação a janeiro e está em 103,2 pontos. O índice também teve crescimento de 3,1% entre as famílias com renda menor e marca 100,2 pontos.
Praticamente todas as variáveis apresentam variação mensal positiva, em ambas as classes econômicas, exceto Momento para Compra de Bens Duráveis, a única em queda, o que pode estar relacionado com a maior dificuldade no acesso ao crédito. Os quesitos com melhor pontuação são Emprego Atual (122,5 pontos) e Renda Atual (137,4 pontos).
As variáveis com maiores recuperações foram Perspectiva Profissional (8,2%) e Perspectiva de Consumo (7,5%), apesar de ainda estarem no patamar abaixo do nível de satisfação (100 pontos).
A Intenção de Consumo das Famílias do Paraná se mantém acima da média nacional, que está em 74,2 pontos e apresentou redução de 0,6% na comparação com janeiro.
Empresários
Reagindo às expectativas dos consumidores, o Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) também é considerado positivo. Com 107,9 pontos e variação mensal de 0,1%, o indicador do otimismo do empresariado paranaense vai na contramão do resultado nacional, que teve queda de 1,5% em fevereiro na comparação com janeiro, e está em 104,5 pontos.
O otimismo é mais elevado entre os dirigentes de empresas de maior porte (mais de 50 empregados), com 133,0 pontos. Já entre as micro e pequenas empresas, o índice também é favorável e está em 107,9 pontos.
Entre os fatores avaliados pelos empresários, tiveram variação mensal positiva as Condições Atuais do Empresário do Comércio, com aumento de 0,5%, e as Expectativas do Empresário do Comércio, com elevação de 0,9%. Já a projeção de Investimentos do Empresário do Comércio caiu 1,4% em relação a fevereiro, principalmente em decorrência do novo pico de casos de covid-19 e maiores restrições do comércio.