Economia

Indústria paranaense avança 13,3% e fica entre melhores do país

Assim como a maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE, houve queda na produção paranaense entre agosto e setembro deste ano, com redução de 0,4%, mesmo resultado da média nacional

Industria Hubner
Metalurgica
Foto Gilson Abreu
Industria Hubner Metalurgica Foto Gilson Abreu

Curitiba – A produção industrial do Paraná foi a terceira que mais cresceu no País em 2021, com avanço de 13,3% entre janeiro e setembro, na comparação com os primeiros nove meses do ano passado. Dos 15 locais analisados pelo IBGE, apenas dez aumentaram a produção industrial no acumulado do ano, sendo que a indústria nacional avançou 7,5% no período. O Paraná ficou atrás apenas de Santa Catarina (18,1%) e de Minas Gerais (14,%).

Já no acumulado de 12 meses, os dois estados do Sul foram destaque, com Santa Catarina na liderança com o aumento de 16,4%. O comparativo mostra a força da retomada frente ao impacto dos meses mais problemáticos da pandemia no setor. Os dados foram divulgados ontem (10).

Além disso, o Paraná foi um dos poucos estados com avanço na atividade industrial especificamente em setembro de 2021, ante o mesmo mês do ano passado. O crescimento da indústria paranaense no período foi de 0,9%, superado apenas pelo Rio de Janeiro (5,3%), Minas Gerais (5%) e Santa Catarina (1,5%). Apenas os quatro estados apresentaram resultado positivo no período, sendo que, no País, a produção industrial recuou 3,9%.

Assim como a maioria das regiões pesquisadas pelo IBGE, houve queda na produção paranaense entre agosto e setembro deste ano, com redução de 0,4%, mesmo resultado da média nacional.

 

SETORES

O aumento da indústria no Paraná no acumulado do ano foi puxado pela fabricação de máquinas e equipamentos, que teve evolução de 73,1% nos primeiros nove meses na comparação com o mesmo período de 2020. É seguida pela produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (44,3%) e de produtos de madeira (33,8%).

Também avançaram a fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (30%); produção de minerais não metálicos (20,1%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (12,6%); móveis (8,8%); bebidas (7,7%); produtos de borracha e de material não plástico (6,1%); outros produtos químicos (6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%). Houve retrocesso na indústria de produtos alimentícios (-6,3) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,7%).

No acumulado dos últimos 12 meses, aumentaram a produção as fábricas de máquinas e equipamentos (61,7%); produtos de metal, não incluindo máquinas e equipamentos (33,7%); produtos de madeira (32%); veículos automotores, reboques e carrocerias (26,2%); produção de minerais não metálicos (22,2%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,8%); móveis (11,1%); bebidas (9,5%); produtos de borracha e de material não plástico (8,3%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%); e outros produtos químicos (2,6%). A queda foi na produção de produtos alimentícios (-2,6%) e de celulose, papel e produtos de papel (-1,7%).

 

Foto: AEN

 

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Rio de Janeiro – A produção industrial caiu em nove dos 15 locais investigados pela PIM Regional (Pesquisa Industrial Mensal), com a redução de 0,4% registrada na passagem de agosto para setembro. As principais quedas ocorreram no Ceará (-4,4%) e no Amazonas (-4%). Os estados de Goiás (-2,3%), Mato Grosso (-2,2%), São Paulo (-1%), Pará (-0,6%) e Santa Catarina (-0,5%) tiveram recuos mais intensos do que a taxa nacional (-0,4%). Os dados da PIM foram divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o levantamento, a maior influência partiu de São Paulo, que responde por cerca de 34% da produção industrial do país. O setor de alimentos e, em menor escala, o de derivados do petróleo contribuíram para a queda de 1% na comparação com agosto. Com o resultado, o estado se encontra 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia.

O analista da pesquisa, Bernardo Almeida, informou que, desde agosto de 2020, a flexibilização das medidas restritivas vem reduzindo os efeitos da pandemia da covid-19. “A partir de agosto do ano passado, já temos uma produção mais regularizada. E começamos a perceber as consequências da pandemia para a produção industrial: desabastecimento de insumos, aumento no custo da produção, redução do consumo das famílias por conta de inflação e desemprego. Tudo isso afeta a cadeia produtiva”, afirmou.

A PIM mostrou ainda que, em setembro, apenas quatro locais apresentavam produção industrial acima do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020: Santa Catarina (5,2% acima), Rio de Janeiro (1,7%) e Paraná (1,6%). O destaque é para Minas Gerais (10,2% acima), que é o único a se manter desde julho do ano passado.