Economia

Desocupação cai pela 1ª vez desde o início da pandemia

Conforme a pesquisa, no Paraná, em agosto, o número de pessoas ocupadas aumentou em 42 mil

Desocupação cai pela 1ª vez desde o início da pandemia

Curitiba – Desde o começo dos levantamentos da Pnad Covid19 Mensal, em maio, pela primeira vez a desocupação deu sinal de queda no Paraná. Em agosto, 645 mil pessoas estavam desocupadas no Estado, cerca de 24 mil pessoas a menos que em julho (669 mil). Após duas altas seguidas (junho e julho), a taxa de desocupação caiu para 11,2%, uma queda de 4,3% na comparação com julho (11,7%). Esses são alguns dados da quarta edição da pesquisa Pnad Covid19 Mensal divulgada ontem (23) pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, no Paraná, em agosto, o número de pessoas ocupadas aumentou em 42 mil, elevando-se de 5,07 milhões para 5,11 milhões. O número de pessoas não ocupadas que não procuraram trabalho por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade e que gostariam de trabalhar na semana anterior também sofreu queda. Em agosto, esse montante era de 440 mil pessoas, 19 mil a menos que em julho.

O mesmo movimento descendente foi verificado no total de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho devido ao distanciamento social. Em julho, eram 286 mil e, em agosto, diminuiu para 170 mil, o que representou a terceira queda seguida desde maio. Das pessoas ocupadas e afastadas do trabalho, cerca de 73 mil deixaram de receber remuneração em agosto, o que corresponde a um decréscimo de 63 mil em relação a julho (136 mil).

O levantamento também aponta aumento na renda do paranaense em agosto. O rendimento médio real efetivamente recebido de todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi de R$ 2.309, compondo assim o terceiro aumento consecutivo na renda desde maio, quando o rendimento médio real efetivamente recebido foi de R$ 2.143.

Outro item da pesquisa que sinalizou aumento foi a média do rendimento proveniente do auxílio emergencial recebido pelos domicílios. Em agosto, no Paraná, essa média ficou em R$ 840, acima do valor de julho (R$ 820). Esse também foi um indicador que assinalou o terceiro aumento consecutivo desde maio, ocasião em que apontava a cifra de R$ 781.

No Paraná, em agosto, havia cerca de 1,4 milhão de domicílios no Estado possuíam ao menos um morador que recebeu o auxílio.

Dados da saúde

A Pnad Covid19 Mensal de agosto mostra que, no Paraná, houve queda no número pessoas que apresentaram algum dos sintomas relacionados à síndrome gripal. No mês passado, 632 mil pessoas apresentaram sintoma, 148 mil a menos que em julho (780 mil) e 266 mil a menos que em maio (898 mil).

Subiu o número de pessoas que fizeram algum teste para saber se estavam infectadas pelo novo coronavírus. Em agosto, 766 mil pessoas fizeram esse teste no Paraná, cerca de 246 mil a mais que em julho (520 mil). Das pessoas que fizeram o teste em agosto, por volta de 123 mil testaram positivo, mais que o dobro do verificado em julho (60 mil).

Menor isolamento social

Sobre o comportamento do paranaense diante da pandemia, o levantamento apurou que 108 mil pessoas não tomaram qualquer medida restritiva para evitar o contágio pelo coronavírus em agosto, cerca de 38 mil a menos que em julho (146 mil). O número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa e/ou recebendo visitas foi de 4,5 milhões e outras 4,2 milhões ficaram em casa e só saíram por necessidade básica. Já o número de pessoas que permaneceram rigorosamente isoladas foi de 2,6 milhões, queda de cerca de 200 mil pessoas na comparação com julho (2,8 milhões).

No País, taxa sobe para 13,6%

A taxa de desemprego aumentou de 13,1% em julho para 13,6% em agosto maior resultado da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid) mensal, iniciada em maio pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em agosto, a população ocupada totalizou 84,4 milhões de pessoas, expansão de 0,8% em relação a julho. Já a população desocupada cresceu para 12,9 milhões de pessoas, crescimento de 5,5% ante julho, cerca de 600 mil pessoas a mais.

A Região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada (-2,3%) na passagem de julho para agosto, enquanto os maiores avanços ocorreram no Nordeste (14,3%) e no Norte (10,3%).

O contingente de inativos diminuiu de 76,5 milhões em julho para 75,2 milhões em agosto, uma redução de 1,6%. Entre os inativos, 27,2 milhões (36,1%) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho. Cerca de 17,5 milhões de pessoas disseram que não procuraram emprego devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas que gostariam de trabalhar.

A taxa de desemprego foi de 23,3% entre os jovens de 14 a 29 anos de idade. Por nível de escolaridade, o resultado foi mais baixo entre os trabalhadores com nível superior completo ou pós-graduação: 6,8%.