Incentivar a compra local de produtos e serviços para fazer o dinheiro circular na região, promovendo emprego e renda nas cidades. Fortalecer esse conceito de desenvolvimento é o objetivo da campanha “Oeste compra Oeste”, lançada em webconferência nesta quarta-feira, 3, envolvendo setor produtivo, sociedade civil organizada e poder público.
A ação pretende sensibilizar a população das 54 cidades da Região Oeste, estimada em mais de 1,3 milhão de habitantes, de que a compra local se reverte em oportunidades para a coletividade. Ao fortalecer a economia regional, são gerados tributos que resultam em políticas públicas, novos investimentos e postos de trabalho.
“Oeste compra Oeste” é uma iniciativa do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Sebrae Paraná, Associações dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), Comitê Territorial dos Pequenos Negócios (CTPN), Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná (Caciopar) e Garantioeste.
“É uma campanha de engajamento. Queremos envolver toda a população em uma nova forma de pensar, entendendo que a compra local faz o dinheiro circular em nossa região e traz retorno para todos”, enfatiza a coordenadora do CTPN, Elisângela Rosa. “Passamos por uma crise e cada um de nós tem condições de ajudar a superá-la.”
Presidente do POD, Danilo Vendruscolo afirma que a ação fortalece o Oeste contra os efeitos da pandemia. “Vamos sair mais cedo desse problema do que outras regiões. Temos comércio, serviços, cooperativas e crédito fortes, e uma riqueza extraordinária de pessoas e instituições. Vamos motivar empresas e a comunidade para que o dinheiro circule e gere riquezas aqui na região”, reflete.
Valorizar o Oeste
Para ganhar força, a campanha “Oeste compra Oeste” propõe o envolvimento direto de prefeituras, associações comerciais, sindicatos, órgãos de classe, organizações da sociedade civil. O presidente da AMOP, Rineu Menoncin, ressalta que o programa atende às necessidades dos municípios e reforça a importância econômica do Oeste.
“Precisamos ser mais bairristas, amar mais e vestir a camisa do Oeste pela importância da região para o estado e o Brasil”, sublinha. “Esse programa vem de encontro às necessidades dos municípios, que sofrem com a queda de arrecadação provocada pela pandemia. Abraçamos esse ideia e nos comprometemos em fomentá-la nas nossas 54 cidades”, frisa Rineu.
Comércio forte é prosperidade
De acordo com o presidente da Caciopar, Alci Rotta Junior, as associações comerciais terão papel relevante para o alcance do objetivo da campanha “Oeste compra Oeste”. A entidade atuará junto a suas instituições associadas e aos consumidores para orientar e apoiar o envolvimento.
“Vamos mobilizar todas as forças que agem a favor do comércio local, disseminando a ideia e incorporando essa prática”, aponta Alci. “Comércio forte é sinônimo de oportunidade e prosperidade, além de engrenagem fundamental para o funcionamento da roda econômica nos nossos municípios”, defende.
Rede de compra local
O gerente regional Oeste do Sebrae, Augusto Cesar Stein, reforça a necessidade de participação de empresários e empreendedores na iniciativa. Ele destaca que empresas que inovam e diversificam suas operações conseguem mitigar os efeitos causados pelo período de pandemia.
“O empresário da região pode ajudar a disseminar o propósito e conceito da campanha criando uma rede junto a seus clientes e fornecedores, assim como nas instituições em que participa”, propõe Augusto. “Ele também pode comprar de outro empresário do Oeste. Esse sentimento de pertencimento é transformador”, avalia.
Dinheiro mais “barato”
Presidente da Garantioeste, Edson Carollo ressalta que juntamente com o estímulo à compra local, empreendeores do Oeste podem obter crédito simplificado e a juros acessíveis para estimular a retomada econômica. Segundo ele, a garantidora que surgiu na região há onze anos, já fez mais de 5 mil operações, totalizando R$ 188 milhões.
“Nosso papel é o de trazer dinheiro barato para a micro e pequena empresa”, acentua. “Com as instituições parceiras nas cidades do Oeste, prestamos orientação a quem pretende ter acesso a linhas de crédido. Esse dinheiro injetado nas empresas, por meio da garantidora, preserva postos de trabalhos na região”, conclui.