O feriadão prolongado desta semana que vai unir o aniversário de Cascavel na quinta-feira (14) e a Proclamação da República na sexta-feira (15) abrirá a possibilidade de muitas pessoas emendarem um final de semana prolongado e aproveitarem para viajar.
Segundo a administração da Rodoviária de Cascavel, somente para este feriado prolongado devem passar pelo local mais de 32 mil passageiros entre quarta-feira (13) e domingo (17) – uma média diária de mais de 6 mil pessoas.
A quantidade é 25% superior em relação ao movimento normal das últimas semanas. Só que quem passar pelo local terá que ter um pouco de paciência, já que o prédio está passando por uma ampla revitalização desde o início do ano e nas últimas semanas o “pó e o quebra-quebra”, normais para os locais em obra, acabaram trazendo um desconforto para quem precisa aguardar pelo ônibus, tanto passageiros da cidade quanto os de fora.
Desafio
De acordo com o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Rocha Rancy, executar a reforma com o local em funcionamento é um grande desafio, mas que tanto os comerciantes quanto as empresas de transporte que estão há anos no local, estão sendo parceiros, já que sabem que depois de pronta a obra trará benefício para todos. “Sabemos que tem muitos dias de pó e de barulho, mas precisamos que todas as pessoas tenham paciência, já que todo este trabalho é para melhorar a estrutura”, frisou.
Sobre a obra, Rancy disse que o cronograma está adiantando que eles estão trabalhando no pavimento superior já que a proposta é que no início de fevereiro – logo após passar o período maior de movimentação das festas de fim de ano e de férias – eles já façam a inversão, passando os comerciantes para a parte de cima, para então passar a reformar a parte de baixo da estrutura.
Além disso, a parte externa do espaço está bem adiantada e as novidades já começaram a aparecer, como a colocação de elevadores e da escada rolante. Sandro lembrou ainda que nos espaços de embarque e desembarque serão instaladas catracas, com a intenção de melhorar a sensação de segurança dos passageiros. “Queremos limitar e cercear os transeuntes que não são da Rodoviária, mas que sempre estão por ali, para melhorar a segurança de todos aos passageiros”, salientou.
Setembro de 2025
As obras de revitalização iniciaram em março deste ano e têm prazo de 18 meses para serem concluídas, ou seja, até setembro do próximo ano – mas em setembro, na última medição feita, ela estava em 40% e deve chegar pelo menos até a metade até o fim deste ano. O estacionamento também terá uma série de mudanças significativas, para melhorar o fluxo no local que é sempre bastante movimentado.
A reforma está sendo executada pela Construtora Longo, vencedora da licitação que ocorreu em janeiro deste ano. Ao todo, serão investidos R$ 19,4 milhões, repassados pela Secretaria Estadual das Cidades, por meio de transferência voluntária, quando não há necessidade de o município ter que devolver o valor ao tesouro do Estado. Pelo projeto, a rodoviária irá manter o mesmo padrão atual na parte externa, mas toda a estrutura será reformada, inclusive o telhado que será substituído.
A parte de baixo ficará exclusiva para o embarque e desembarque de passageiros e a parte de cima das lojas e lanchonetes, diferente do projeto atual que acaba misturando os espaços. A atual estrutura tem dois andares, 32 plataformas de embarque e desembarque por onde passam cerca de 11 mil ônibus todos os meses.
O espaço vai ganhar sala de embarque e uma ampla praça de alimentação, para que possa a voltar a ter uma boa condição de atendimento às pessoas que passam todos os meses por ali. O projeto contempla alteração de layout interno, guichês, salas comerciais, terminal de encomendas, sanitários, instalação de catracas, elevadores, escadas rolantes, acessibilidade interna e externa, esquadrias, sistema elétrico e estacionamentos.
O Terminal Rodoviário Dra. Helenise Pereira Tolentino foi inaugurado em 1987 e desde a sua inauguração nunca passou por uma reforma considerável, sendo um pedido bastante antigo da comunidade, já que não acompanha mais a demanda e o crescimento da cidade e da região.