A Sanepar colocou em operação neste fim de semana prolongado a nova captação de água do Rio São José, que deve ampliar em 25% a capacidade de produção do sistema de abastecimento de Cascavel. Trabalhando com três conjuntos motobombas, a captação começou a enviar para a cidade 280 litros de água por segundo. A unidade irá operar em fase de testes operacionais por pelo menos mais 90 dias.
Porém, em razão da estiagem prolongada, o Rio São José, a exemplo dos rios Cascavel, Peroba e Saltinho, também sofreu redução da sua vazão em cerca de 40%, o que compromete o fornecimento de água na sua totalidade, como previsto em projeto. Para se ter uma ideia, na segunda-feira (2), foi necessário desligar um dos conjuntos de bombeamento de água porque o São José não dispunha de volume suficiente para enviar para o tratamento. Por esta razão, o registro do Lago deverá permanecer aberto a fim de manter o nível e a vazão de água do Rio Cascavel no ponto de captação.
A estiagem histórica tem comprometido os sistemas de abastecimento em diversas regiões do Estado. As chuvas registradas em Cascavel estão muito abaixo da média esperada a cada mês. A Coopavel tem registro de 945 milímetros de chuvas de janeiro até agora em Cascavel. Essa precipitação é a menor registrada nos últimos 20 anos na cidade. As temperaturas mais elevadas também contribuem com a redução na vazão dos rios e com o consequente aumento no consumo de água, que atualmente está na casa de 72 milhões de litros por dia.
LAGO MUNICIPAL – O Lago Municipal de Cascavel tem cumprido nos últimos dois anos a sua mais nobre e fundamental missão para a qual foi criado: a de ser o regulador da vazão do Rio Cascavel. Formado por nascentes do rio que é o principal manancial da cidade, o Lago segura as águas em período de chuvas, evitando enchentes e danos nas margens. E, em período de estiagem, como este, o Lago mantém estável a vazão do Rio Cascavel, evitando que falte água e postergando um possível rodízio no abastecimento na cidade.