Os projetos de construção de condomínios para idosos do Governo do Paraná foram reconhecidos com o Selo de Mérito, um prêmio nacional que reconhece as melhores práticas no setor de habitação pública. O anúncio foi feito durante a realização do 68º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, o maior evento do setor e que reuniu durante esta semana mais de mil representantes de entidades públicas e da iniciativa privada de todo o Brasil de maneira virtual.
O Viver Mais é uma modalidade do programa Casa Fácil Paraná voltada especificamente ao atendimento da população idosa de todo o Estado. Os empreendimentos são construídos em formato de condomínios horizontais fechados com 40 moradias adaptadas, além de diversos espaços de uso comum pensados para dar suporte e promover a qualidade de vida dos moradores.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, os projetos foram pensados para suprir necessidades de uma parcela cada vez maior da população paranaense. “Daqui a 10 anos, o Paraná vai ter mais idosos do que crianças, então nós precisamos pensar nessas pessoas, que depois de certa idade não conseguem mais financiar a casa própria”, declara.
“Muitos acabam sozinhos, com depressão, então nós criamos uma política habitacional para idosos em que ele vão poder conviver com outras pessoas, ter assistência médica e lazer com o pagamento de um pequeno pedaço da aposentadoria”, conclui o governador.
A estrutura dos conjuntos conta com academia ao ar livre, ambulatório, centro de convivência, horta comunitária, biblioteca, sala de informática e quiosques de jogos, além de sistema de segurança 24 horas. Com o avanço do programa, os projetos passaram a incorporar também outros itens, com piscina térmica, sistema de energia solar e de reaproveitamento de água da chuva.
Coordenada pela Cohapar, a iniciativa prevê a construção de 21 empreendimentos até 2022, com um total de 840 moradias. Os primeiros conjuntos entregues foram em Jaguariaíva e em Foz do Iguaçu e há a perspectiva de entrega do condomínio de Prudentópolis nas próximas semanas. Cornélio Procópio, Irati e Telêmaco Borba também possuem empreendimentos em obras, enquanto Cascavel, Francisco Beltrão e Ponta Grossa já têm licitações concluídas e perspectiva de início de obras em breve.
“O Viver Mais preenche uma lacuna no sistema habitacional brasileiro com o atendimento das pessoas idosas, que não conseguem mais realizar o sonho da casa própria por causa da idade”, explica o presidente da Cohapar, Jorge Lange. “Todos os detalhes dos projetos são pensados para que essa pessoa acima dos 60 anos possa ter um envelhecimento com segurança, prazer de viver e com os cuidados que o Estado pode dar, em parceria com os municípios”.
SUPORTE AOS MORADORES – Os convênios firmados com as prefeituras preveem contrapartidas que incluem a doação das áreas para a construção dos conjuntos e obras de infraestrutura no entorno dos empreendimentos. Os municípios ainda devem prestar atendimento periódico aos moradores com a visita de profissionais das áreas de saúde e assistência social ao condomínio.
Recentemente, a Cohapar também firmou parcerias com as universidades estaduais, por meio das quais estudantes do ensino superior poderão realizar estágios nos condomínios dos idosos. “Os condomínios terão a participação de estudantes de medicina, enfermagem, assistência social e educação física, que terão a oportunidade de contribuir com os idosos enquanto aperfeiçoam os seus estudos”, informa Lange.
CARÁTER PERMANENTE – Neste modelo, os imóveis não são doados ou vendidos ao público beneficiado, mas cedidos por tempo indeterminado para que, após a sua desocupação, eles sejam novamente direcionados para o atendimento ao público-alvo com o pagamento de um aluguel social de R$ 165 ao mês. Os beneficiários são escolhidos pela Cohapar entre pessoas inscritas no sistema da companhia com mais de 60 anos e renda de até seis salários mínimos, com prioridade para os de mais baixa renda.
Após a desocupação das unidades, elas são direcionadas ao atendimento dos próximos inscritos no cadastro online da companhia, conforme critérios de prioridade de atendimento, o que garante, de acordo com o presidente da Cohapar, o caráter permanente do programa.
“O programa foi construído justamente em cima da dificuldade da aquisição do bem e passa a ser permanente porque as pessoas não adquirem os imóveis, mas pagam um aluguel de 15% de um salário mínimo ao mês, com todos os serviços à disposição”, afirma Lange.
HISTÓRICO VENCEDOR – Nos últimos anos, as ações do Paraná tem ganhado cada vez mais destaque no cenário nacional. Em 2019, o Estado foi premiado com pela criação do programa Casa Fácil Paraná, que no ano seguinte foi elevado à condição de política pública permanente com a aprovação da lei 20.394, de autoria do executivo. Em 2020, o Selo de Mérito foi entregue ao Governo pelo serviço da Cohapar que reduz a burocracia e os custos para emissão de escrituras.
(AEN)