ACIDENTE AÉREO

Programa de Reparação Voo 2283: iniciativa busca auxiliar famílias das vítimas

O avião da Voepass (ATR-72) saiu de Cascavel perto do meio-dia com 58 passageiros e quatro tripulantes, e caiu em Vinhedo-SP
O avião da Voepass (ATR-72) saiu de Cascavel perto do meio-dia com 58 passageiros e quatro tripulantes, e caiu em Vinhedo-SP

A Defensoria Pública de São Paulo, a Defensoria Pública do Paraná, o Ministério Público de São Paulo e o Ministério Público do Paraná fará nesta quarta-feira (27) uma coletiva de imprensa para abordar os desdobramentos mais recentes acerca das medidas de reparação às famílias das 62 vítimas do acidente aéreo da VoePass, ocorrido em Vinhedo, em 9 de agosto de 2024.

Durante a coletiva, será apresentado o Programa de Reparação Voo 2283, uma iniciativa consensual e extrajudicial, firmada entre as instituições e a companhia aérea, voltada à reparação justa e célere para os familiares das vítimas.

A atividade será realizada em formato híbrido, com a participação presencial de representantes do MPSP e DPE-SP e com a participação online dos representantes do MPPR e DPE-PR.

Haverá transmissão ao vivo da entrevista pelo canal do MPSP no YouTube. O link oficial da transmissão estará disponível pouco antes do início da coletiva.

Relembre o caso

No dia 9 de agosto de 2024, um avião de modelo ATR-72 da companhia aérea VoePass decolou de Cascavel pouco antes do meio-dia com rumo ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

O voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20 (horário de Brasília). No entanto, a partir das 13h21, a aeronave deixou de responder às chamadas do Centro de Controle de Aproximação. A perda do contato radar ocorreu às 13h21, e o momento da colisão contra o solo ocorreu às 13h22. O avião caiu em um condomínio na cidade de Vinhedo, cerca de 100 quilômetros de Guarulhos.

A tragédia deixou 62 pessoas mortas, sendo 58 passageiros e 4 tripulantes (clique aqui para ver a lista com o nome de todas as vítimas).

Investigação

A partir da análise das comunicações gravadas, foi possível verificar que os tripulantes comentaram sobre uma falha no sistema que provia a proteção contra formação e acúmulo de gelo na aeronave. Com as gravações obtidas, foi verificado ainda que o sistema responsável por evitar que ocorresse acúmulo de gelo nas asas, foi ligado e desligado por diversas vezes.

“O que temos até o momento é que houve uma fala extraída por meio do cockpit que um dos tripulantes indicava que havia uma falha no sistema de antigelo. Isso, todavia, não foi confirmado do sistema de dados”, afirmou o Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, chefe da Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos.

O relatório final com levantamento completo sobre o acidente deverá ser divulgado apenas em 2025.

Encerramento das operações no Paraná

Após os fatos, a VoePass anunciou o fim das operações no Paraná (Cascavel e Maringá), além de outras cidades do Sul e mais rotas no Brasil.

Em nota, a companhia disse que a medida é uma readequação das operações após a queda do turboélice ATR 72-500.