Foto: Polícia Penal do Paraná
Foto: Polícia Penal do Paraná

Paraná - Uma mulher privada de liberdade inserida no projeto Justiça Sem Grades, realizado através de termo de cooperação entre a Polícia Penal do Paraná (PPPR) e a Prefeitura de Municipal de Sengés, localizou e efetuou a devolução de R$ 8,1 mil em espécie durante um trabalho de limpeza nesta terça-feira (4).

O serviço estava sendo realizado pela equipe de Vigilância Sanitária de Sengés e contava com apoio de mão de obra prisional, além de guardas municipais locais. O dinheiro foi entregue ao Poder Judiciário para que seja restituído aos responsáveis.

De acordo com o coordenador regional da Polícia Penal em Ponta Grossa, William Ribas, a conduta da mulher reforça a confiança depositada nos custodiados que participam de projetos de trabalho externo.

“Essa atitude é a prova de que quando o Estado oferece oportunidade e acompanhamento adequado, o retorno vem em forma de responsabilidade e transformação. O trabalho é uma ferramenta poderosa de reinserção social e o resultado está evidente nesse gesto de integridade”, afirma.

A policial penal Indianara Barbosa, gestora da Cadeia Pública de Sengés, também ressaltou o empenho e o comportamento exemplar dos participantes do projeto.

“Temos acompanhado de perto a evolução das pessoas privadas de liberdade inseridas no Justiça Sem Grades. Essa atitude mostra que o investimento em políticas de reintegração social traz frutos concretos”, complementa.

O trabalho foi realizado em cumprimento a uma ordem judicial em razão de denúncias de acúmulo excessivo de materiais no imóvel, que vinha causando transtornos à vizinhança e riscos à saúde pública. O projeto Justiça Sem Grades é uma iniciativa voltada à reintegração social de apenados por meio do trabalho externo supervisionado e conta atualmente com 24 pessoas privadas de liberdade no município de Sengés.

Além desse projeto, a Polícia Penal do Paraná mantém parcerias com outras prefeituras e com o Fundepar (Mãos Amigas) para reparos e reformas em colégios estaduais. Atualmente cerca de 35% dos presos praticam alguma atividade laboral.

Fonte: AEN