Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), aferido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), é considerado positivo no Paraná. Com 100,3 pontos o indicador de março permanece acima da margem de 100 pontos, o que configura satisfação, apesar de leve redução em relação a fevereiro, quando marcava 100,7 pontos.
As famílias com renda acima de dez salários mínimos têm impulsionado a alta do ICF, que segue em crescimento, atingindo 105,7 pontos em março, com alta de 2,4% na variação mensal. Já entre as famílias de menor renda, o fim do auxílio emergencial tem restringido os gastos e fez o índice voltar ao patamar negativo neste mês, com 99,1 pontos.
Na análise das variáveis que compõem o indicador, os quesitos Acesso ao Crédito e Perspectiva de Consumo foram os únicos que continuaram a avançar, com elevação mensal de 5,5% e 2,2%, respectivamente.
Ainda que favorável, a diferença do ICF na comparação com março de 2020, quando a pandemia ainda não tinha se instaurado no Brasil, é expressiva, com redução de 13,9%. Os fatores que tiveram maior impacto ao longo desses 12 meses de crise sanitária foram a Perspectiva de Consumo (-27,9%), Momento para Compra de Bens Duráveis (-22,7%) e Renda Atual (-14,1%), evidenciando que as famílias paranaenses tiveram diminuição nos salários e rendimentos, o que as motivou a reduzir o consumo, principalmente de bens duráveis, que são produtos de maior valor e normalmente requerem algum tipo de parcelamento.