
O ministro francês dos Transportes, Alain Vidalies, disse que o tráfego do metrô parisiense estava normal, que outros sindicatos cancelaram uma greve de controladores de voo e que o governo espera evitar a interrupção do campeonato europeu de futebol, que a França sediará em várias cidades.
As paralisações lideradas pela central sindical CGT também afetam refinarias e usinas nucleares, mas o movimento parece cada vez mais isolado em seus esforços para obrigar o governo socialista a retirar a reforma das leis trabalhistas, que facilitaria contratações e demissões.
? Não vai haver interrupção no transporte aéreo neste final de semana ? disse Vidalies, segundo o qual quatro de cinco sindicatos que anunciaram uma greve entre 3 e 5 de junho concordaram em suspendê-la.
Seis das 10 conexões dos trens de alta velocidade (TGV, na sigla em francês) estavam em operação, e outras ligações interurbanas foram reduzidas em um terço, disse a estatal ferroviária SNCF, um bastião do CGT, que é um dos dois maiores sindicatos franceses. Mas um sindicato menor deve cancelar sua participação na greve depois de obter do governo garantias de ajuda com a dívida de 50 bilhões de euros da SNCF.
O presidente francês, François Hollande, rejeitou as exigências do CGT para descartar o projeto de lei, e seu governo, que insiste que a reforma é necessária para ajudar a combater a taxa de desemprego de 10 por cento, vem trabalhando para desarmar tensões setoriais e evitar que várias demandas se transformem em um grande protesto nacional.