Toledo – Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) registram mais uma vez a redução da oferta de empregos formais no mercado de trabalho.
No Paraná, foram encerrados no mês de fevereiro 2.050 postos, resultado das 102.227 contratações e das 104.277 demissões. No mesmo período do ano passado, as admissões (132.532) superaram os desligamentos (123.958), fechando o período com 8.574 vagas em aberto.
O saldo negativo paranaense foi impulsionado principalmente pelo péssimo desempenho do comércio, que extinguiu 2.310 vagas, pela construção civil (-888) e pela indústria da transformação (-390). Os três setores juntos foram responsáveis por mais de 60 mil demissões em apenas um mês.
O MTE avalia também os índices de sete municípios do Oeste (Assis Chateaubriand, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guaíra, Marechal Cândido Rondon, Medianeira e Toledo), que em fevereiro tiveram queda nas contratações, encerrando o período com 10.116 admissões e 10.292 demissões, resultado que elimina 176 vagas.
Em Cascavel, o pior desempenho regional, foram demitidas 4.736 pessoas e contratadas 4.481. A conta fechou no vermelho, com a extinção de 255 postos de trabalho. Os desligamentos ocorreram em maior escala no setor de serviços, com -242 vagas em fevereiro.
A justificativa, segundo a supervisora da Agência do Trabalhador do município, Rosângela Ferreira dos Santos, é a redução das despesas das famílias em relação a gastos supérfluos, como lazer e alimentação, diante da crise econômica nacional. Para o mês de fevereiro, Cascavel foi o único da região a perder vagas nesse segmento.
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No entanto, na região o comércio lidera quando o assunto é demissão. Foram encerradas no Oeste 208 vagas formais no setor, com destaque para Foz do Iguaçu, que deixou de ofertar 97 postos de trabalho. Em seguida está a construção civil, com -151 vagas no mês passado.
No azul
Apesar do saldo negativo, três municípios da região fecharam, entre os oito setores avaliados pelo Caged, com número maior de admissões do que desligamentos. Toledo foi o que manteve mais carteiras assinadas, mesmo com 1,6 mil demissões, e conseguiu manter 118 empregos formais em fevereiro.
Foz do Iguaçu, que recuou em alguns segmentos, permaneceu no azul graças aos setores de serviços, indústria e extrativa mineral, com 44 vagas em aberto no total. Por fim, está Medianeira, com dez postos mantidos.
Em 12 meses
A região Oeste registrou retração no número de carteiras assinadas em período de 12 meses. Ao todo, foram fechados 5.463 postos de trabalho, com maior incidência em Toledo (-2.474), Cascavel (-2.408) e Foz do Iguaçu (-1.027).
