Cascavel – A precariedade do SUS (Sistema Único de Saúde) é o motivo principal para que muitas pessoas, apesar das dificuldades neste momento de crise, optem por manter um plano de saúde ou mesmo fazer uma contratação.
A demora para o atendimento nas UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento), a dificuldade em conseguir agendamento com especialistas e a falta de leitos em hospitais são alguns dos pontos negativos do serviço público em Cascavel.
Até mesmo profissionais concursados desistem do cargo, seja por falta de estrutura ou tumultos recentemente registrados nas unidades e que necessitaram de intervenção da polícia.
Embora pesquisas relatem que no País houve aumento no número de pessoas que abandonaram planos de saúde diante do desemprego, Cascavel apresenta uma realidade diferente.
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No período de um ano, houve aumento de mais de mil beneficiários na cidade. De acordo com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde), no fim do primeiro trimestre de 2015, 85.402 pessoas contavam com planos de saúde e no mesmo período deste ano o número saltou para 86.524.
Os números surpreendem até a Associação Médica de Cascavel. O presidente da entidade, Luiz Amélio Burgarelli, reconhece que no momento de dificuldades financeiras, é comum o abandono de planos, mas destaca que para fugir da precariedade do serviço público, há famílias que buscam alternativas. “Percebemos que há uma migração para coberturas menores para que o pagamento se torne mais acessível”, comenta.
Outra opção que tem facilitado o acesso da população às consultas privadas é o Sinam (Sistema de Atendimento Médico) que a AMP (Associação Médica do Paraná) oferece. “É um auxílio para quem não quer depender do SUS, mas não pode pagar plano. Não há intermediador e o valor das consultas é diferenciado. Profissionais da cidade têm demonstrado interesse no credenciamento que em alguns casos, garante um retorno melhor do que alguns planos”, ressalta Burgarelli.
