A Secretaria de Saúde de Marechal Cândido Rondon, além de dar atenção a todos os setores a que lhe compete, está atuando de forma ativa em duas frentes que causam grande preocupação perante a saúde pública. Uma delas é a pandemia do novo coronavírus. Equipes trabalham incansavelmente para evitar que os números se agravem e também para que os infectados sejam assistidos da melhor forma possível. Outra linha de atuação é quanto a dengue. No ano passado, em 20 de fevereiro, o município decretou epidemia pois já registrava mais de 160 casos. No ano epidemiológico 2019/2020 (agosto de 2019 até julho de 2020) foram confirmados 1981 casos de dengue, inclusive, seis óbitos. No ano epidemiológico vigente, que iniciou em agosto de 2020 e segue até julho de 2021, foi registrado um caso de dengue no município, porém, a preocupação para que os casos não aumentem é bastante grande.
Levantamento
A Secretaria de Saúde discute estratégias para evitar uma nova pandemia. Na semana passada, de segunda-feira (04), até sexta-feira (08), agentes de endemias atuaram no Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa). Neste período foram visitados 1.761 domicílios, dos 25.966 existentes na sede do município. Os dados foram tabulados e apresentados pela Supervisora dos Agentes de Endemias, Rosemeri Rodrigues da Rosa, para a Secretária de Saúde Marciane Specht. A média do LIRAa foi de 3,9%, na sede do município. O índice considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1%. No mês de outubro, este mesmo índice era de 0,3%. Os dados, mais uma vez, preocupam as autoridades municipais.
O LIRAa
Vale lembrar que o LIRAa é uma atividade que foi desenvolvida pelo Ministério da Saúde em 2002. Ela permite a identificação de áreas com maior proporção/ocorrência de focos, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, febre de chikungunya e zika vírus. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).
Por região
O local de maior incidência de focos foi definido pela Secretaria de Saúde como “Estrato 3”, que compreende as regiões dos bairros Ana Paula, São Lucas e Das Torres. O índice nesta região é de 4,9%. A outra região com índice bastante alto é o “Estrato 2”, que compreende parte do centro e Vila Gaúcha, onde o índice é de 4,5%. Nas demais regiões, o índice apresentado é de: “Estrato 4” – Parque Ecológico, São Francisco, Líder e Floresta – 4,4%; “Estrato 7” – região do Botânico e Britânia – 3,8%; “Estrato 1” – região central – 3,5%; “Estrato 5” – Primavera, Higienópolis, Augusto e Barcelona – 3%; “Estrato 6” – Botafogo, Alvorada, Rainha e Espigão – também 3%.
Arrastão
Mediante os dados apresentados a Secretaria de Saúde rondonense programou uma série de ações visando eliminar os focos do mosquito da dengue. Primeiramente é solicitado para que a população faça a sua parte, eliminando locais que possam virar criadouros do mosquito. É importante que os quintais sejam vistoriados periodicamente.
Outra ação será o início dos arrastões. No sábado, dia 16, está programado atividades na região com maior incidência de focos, que é a região do Bairro Ana Paula. Na oportunidade equipes das Secretarias de Saúde, Agricultura e Política Ambiental e de Viação e Serviços Públicos estarão realizando um arrastão naquela região. Os munícipes são orientados a depositar materiais inservíveis e reciclados em frente às residências, para que as equipes façam a recolha, conforme explica a Secretária Marciane. “Mais uma vez estamos em alerta e o apoio da população é muito importante. Pedimos que os moradores do Ana Paula depositem os materiais inservíveis em frente às residências, para que façamos a recolha. Mas também pedimos que os moradores de todo o município façam uma verificação em seus quintais, para que os criadouros sejam eliminados. Precisamos da união de todos. Não podemos chegar a uma nova epidemia. Vamos nos precaver”, enfatizou Marciane.