Apesar da Secretaria Estadual de Saúde já ter encerrado o ano epidemiológico da dengue, conforme divulgação na página da Sesa, o município de Cascavel aguarda orientações formais para encerramento do ano epidemiológico.
No entanto, pelos dados atuais já é possível dizer que este foi o pior ciclo da história da cidade, visto que Cascavel chegou a índices nunca antes registrados, configurando a pior epidemia do Município, bem como aconteceu em outros municípios do Paraná.
De acordo com o novo Boletim Epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), referente ao período de julho de 2019 até esta quinta-feira (16), 7.752 cascavelenses tiveram o exame positivo para dengue. Ao todo, já foram registradas 11.333 notificações no Município, sendo que 3.579 foram descartadas. Contudo, a espera por exames está praticamente zerada, uma vez que apenas um paciente aguarda resultado.
Embora seja inverno, o combate ao pequeno mosquito Aedes Aegypti não deve cessar. O mais ínfimo acúmulo de água é o bastante para o mosquito fazer um criadouro e gerar riscos à saúde da população, inclusive levando a morte. Em Cascavel, já são cinco óbitos confirmados de dengue e neste novo boletim aparecem mais dois casos de morte por suspeita da doença, mas que ainda estão em análise. Os pacientes eram do Bairro Morumbi e do Parque São Paulo.
Conforme o boletim epidemiológico, os bairros mais infestados pelo mosquito da dengue em Cascavel são Interlagos com 880 casos, Brasmadeira com 530, Cascavel Velho com 480, São Cristóvão com 368 e Brasília com 365 casos positivos.
O governo municipal tem feito inúmeras ações no combate ao mosquito, como vistorias nas casas, compra de exames e atendimentos de denúncias, principalmente pelo canal da Ouvidoria do Município o 156, entre outras medidas.
SINTOMAS DE DENGUE
Se você apresentar sintomas de dengue, a recomendação da Secretaria de Saúde é buscar inicialmente o conto telefônico com a unidade de saúde mais próxima a sua casa. Em casos, mais graves, a orientação é ir até uma UPA.
Como posso ajudar?
Somente uma mobilização da comunidade é o que fará a diferença nessa guerra contra o mosquito. Não deixe acumular água parada, até mesmo água suja.
Dentre os locais que precisam ser vistoriados pela população estão: edícula, tonéis com captação de água da chuva, aquários sem bomba de oxigenação, pratos de vasos de plantas, bandejas das geladeiras, bebedouro de animais, tanque de roupas que ficam com água empossada no fundo, coletor de água da saída do ar-condicionado, lixeiro sem tampa e sem furo embaixo, piscinas de plástico, cisternas, caixas de gorduras e plantas aquáticas, pequenos objetos nos quintais; como tampas de garrafas, copos plásticos e brinquedos infantis. A destinação de pneus também é outro problema. A recomendação é deixá-los em uma área coberta ou então encaminhar para uma borracharia que se responsabilize. Até mesmo gotículas de água numa tampinha de plástico já são suficientes para se transformar no criadouro do mosquito.