NOVA YORK – Nasceu nesta terça-feira, em Nova Jérsei, nos EUA, uma bebê infectada com o zika, portadora de microcefalia e outras deficiências. A mãe é de Honduras e foi picada por um mosquito no começo da gravidez em seu país natal.
A recém nascida tem microcefalia severa, com um crânio bem menor do que o normal. Tem também problemas de visão e intestinais, afirma a mídia local.
“Você consegue ver a dor no coração dela”, disse sobre a mãe o chefe de obstetrícia do hospital universitário de Hackensack ao site NorthJersey.com. A mãe, de 31 anos, e a bebê passam bem após a cesariana, que foi necessária devido aos problemas de saúde da menina.
Assim como autoridades de saúde no Brasil, o governo dos EUA já considera que o zika leva à microcefalia em bebês se as mães forem contaminadas no começo da gravidez. Segundo a Organização Mundial de Saúde, há um consenso científico de que o vírus pode causar também a síndrome de Guillain-Barré, uma condição rara que pode causar paralisia temporária em adultos.
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A conexão entre o zika e a microcefalia primeiro foi notada primeiro no Brasil, no ultimo ano. O país tem mais de 1,3 mil casos de microcefalia suspeitos de serem ligados ao zika.
O vírus é transmitido por mosquitos, que então picam pessoas. A contaminação também é possível com contato sexual com pessoas contaminadas. Alguns casos de transmissão sexual já foram relatados na Europa e nos EUA. Outras formas de transmissão, como por transfusão de sangue, ainda estão sendo investigadas.
Este é o segundo caso de um bebê com microcefalia associada o zika nascendo nos EUA. Em janeiro, o Centro para Controle de Doenças afirmou que uma americana que já morou no Brasil teve um bebê com microcefalia ao dar a luz no Havaí.
O vírus já se proliferou por grande parte da América Latina e do Caribe, mas o Brasil segue sendo o país mais atingido. Honduras é o país mais afetado na América Central, com mais de 19 mil infecções e pelo menos 238 grávidas contaminadas. Os EUA estão se preparando para mais casos com a chegada do verão no país.
