Capitão Mais uma vez a reunião entre os atingidos pela construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu e representantes do Grupo Neoenergia e da Geração Céu Azul não foi nada definitiva. Como na última segunda-feira, famílias se reuniram ontem na prefeitura de Capitão Leônidas Marques para dar andamento às negociações do caderno de preços das terras a serem alagadas durante a obra.
Conforme o agricultor Sidnei Martini, os produtores pedem a correção dos valores conforme a inflação de setembro de 2013, período de execução do caderno, a fevereiro deste ano. Queremos corrigir os valores das terras em cima de uma tabela entregue no início da semana pelo empreendedor. A avaliação e resposta virá só mês que vem. Ele ressalta que ainda não há índices definidos a serem reajustados, já que os valores atribuídos às indenizações variam de acordo com as benfeitorias que o local apresenta e o tamanho da área em negociação.
Ao serem comprovadas e encaixando-se em critérios estabelecidos pela empresa, haverá proposta de correção, chegando a um valor real de mercado. Mas fica difícil negociar quando o empreendedor não dá poder de decisão às pessoas que participam dos debates. Desta forma, a cada reunião é preciso interromper as discussões para que as definições sejam encaminhadas à diretoria do consórcio, lamenta Martini. O prazo para encerrar esta etapa, que é aguardada pelas famílias desde o ano passado, é em 5 de abril, com reunião marcada para às 9h, na Prefeitura de Capitão.
Além das indenizações, as famílias esperam um posicionamento do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (Neoenergia e Céu Azul) sobre as áreas destinadas ao reassentamento dos atingidos. Até o momento, conforme Sidnei Martini, a empresa elabora cronograma para iniciar esses debates.