
O presidente francês concedeu perdão parcial à Sauvage em janeiro deste ano por ter matado Marot, um alcoólatra violento. Ela será solta esta noite da prisão no sudeste de Paris, onde cumpria pena de dez anos pela morte do marido, segundo promotores locais. O poder do presidente francês de comutar, ou indultar, penas de prisão de cidadãos franceses foi inserido na Constituição em 1958.
Sua filha, Carole Marot, contou à Rádio Francesa que estava indo encontrar sua mãe na prisão.
? Estou chorando. Isso que está acontecendo é maravilhoso. O meu mais sincero agradecimento ao presidente ? disse Marot.
Uma de suas advogadas, Nathalie Tomasini, disse hoje estar ?alegre e emocionada? com a atitude de Hollande.
Suas três filhas prestaram depoimento contra o pai. As três confirmaram que também sofreram violência, sendo, inclusive, estupradas. Grupos feministas, celebridades e políticos prestaram apoio à Jacqueline, com uma petição que conseguiu quase 436 mil assinaturas.
Com o gesto de janeiro de Hollande, Sauvage recorreu à Justiça para pedir sua saída provisória. Seus esforços foram em vão, porém, depois que uma Corte de Apelações considerou que ela não demonstrou remorso suficiente. Ela foi declarada culpada pelo assassinato em 2012, um veredicto mantido mesmo após entrar com recurso em 2015.