A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir nos três primeiros meses do ano, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado dos três meses encerrados em março foi de 12,2%, com 12,9 milhões de desempregados no País. O período se refere a antes do agravamento da pandemia, pois a maioria dos estados começou a tomar as medidas de isolamento na última semana de março.
O crescimento é de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em dezembro, quando 11% dos brasileiros estavam desocupados, mas a taxa ainda é menor que a registrada no mesmo período do ano passado, quando atingiu 12,7%.
A alta do desemprego reflete dois movimentos: os efeitos do coronavírus na geração de empregos e a dispensa após as contratações do período de festas.
Essa é a primeira estatística de emprego divulgada de emprego que reflete os efeitos do coronavírus. Desde janeiro, o Ministério da Economia não divulga o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que monitora o mercado formal, e permite uma análise mais regionalizada e setorizada.
O IBGE considera tanto os empregos com carteira assinada quanto os informais.
Na terça-feira, o Ministério da Economia estimou que ao menos 200 mil pessoas teriam direito de receber seguro-desemprego, mas ainda não deram entrada no pedido.