Cotidiano

Alerta: Dengue cresce 13%; Foz é 2ª com mais registros

Foz do Iguaçu é a segunda cidade com maior número de casos suspeitos do Estado

Foto:Divulgação
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Reportagem: Cláudia Neis

Foz do Iguaçu – O número de casos confirmados de dengue no Paraná cresceu 13% em uma semana, conforme Boletim Epidemiológico divulgado ontem (5) pela Secretaria da Saúde do Paraná. No boletim do dia 29 de outubro eram 819 os casos confirmados no Estado, agora são 925, 106 a mais. O número de notificações passou de 7.530 para 8.311.

Foz do Iguaçu é a segunda cidade com maior número de casos suspeitos do Estado: 1.198 registros, atrás apenas de Londrina, com 1.508 registros.

Da região oeste, Lindoeste também aparece em situação de alerta, com 18 notificações e cinco casos confirmados. A situação de alerta é quando são apresentados entre 100 e 300 casos por 100 mil habitantes. A lista inclui ainda outros nove municípios: Juranda, Douradina, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Floraí, Flórida, Florestópolis, Uraí e Ângulo.

Já são cinco municípios com epidemia: Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Nova Cantu, Quinta do Sol e Uniflor. Para ser considerado em epidemia, o município deve registrar mais de 300 casos por 100 mil habitantes.

Dados por Regional

O aumento dos números nas Regionais de Saúde também chama a atenção. Na Regional de Foz, o aumento das notificações é de 18%: de 1.168 para 1.376 em uma semana; já são 114 casos confirmados.

Na Regional de Cascavel, foram 20 notificações em uma semana, passando para 324; e as confirmações cresceram de 26 para 31.

Na Regional de Toledo, as notificações passaram de 116 para 124 e o total de casos confirmados subiu de 6 para 7 na semana.

Campanha

O governo do Estado iniciou nova campanha de prevenção da dengue destacando que a eliminação da doença depende, principalmente, da mudança de hábitos e atitudes: “Nosso apelo é para que a população adote as medidas preventivas para acabar com os criadouros do mosquito transmissor da dengue. A campanha do governo do Estado alerta para a necessidade de se eliminar os focos de água parada. Onde tem água parada pode ter dengue e a doença pode matar”, alerta a coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria Estadual da Saúde, Ivana Belmonte.

Infestação é seis vezes o preconizado

 A Secretaria de Saúde de São Miguel do Iguaçu acaba de divulgar o resultado do LirAa (Levantamento Rápido de Índice de Infestação do Aedes aegypti), que confirmou índice de 6,6% de infestação, número que coloca São Miguel em situação de alto risco para epidemia de dengue, zika e chikungunya.

A pesquisa é realizada a cada quatro meses para verificar a circulação e a proliferação do mosquito Aedes. Segundo o Ministério de Saúde os levantamentos são avaliados da seguinte maneira: inferiores a 1%: estão em condições satisfatórias; de 1% a 3,9%: estão em situação de alerta; superior a 4%: há risco de surto de dengue.

Desde agosto São Miguel já confirmou 26 casos de dengue.