Os trabalhadores das instalações elétricas, gás, hidráulicas, sanitárias, industriais, prediais e comerciais do Estado do Paraná deverão decidir na próxima segunda-feira (29) se deverão entrar em greve.
A Fetraconspar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado do Paraná) se reuniu ontem (26), em Curitiba, no Ministério do Trabalho e Emprego para uma tentativa de mediação da pauta com o sindicato patronal. No entanto, segundo apurado, uma assembleia da categoria será realizada em Curitiba na próxima segunda-feira (29), com a expectativa de que, até ás 19h, o sindicato patronal apresente alguma proposta para a categoria.
Pauta
A categoria está mobilizada contra a proposta dos empregadores, que ofereceu um reajuste salarial de 3,34%, correspondente apenas à inflação acumulada, o que foi considerado como um congelamento salarial pelos trabalhadores.
Além da insuficiência no reajuste salarial, as empresas do setor sugeriram uma redução média de 20% nos valores dos contratos de prestação de serviços para a Copel, o que gerou ainda mais indignação entre os trabalhadores da categoria. A medida é vista como uma tentativa de precarizar as condições de trabalho, afetando diretamente a segurança dos profissionais envolvidos.
Entre as principais reivindicações dos eletricistas estão à reposição da inflação acumulada, aumento real de 3% nos salários e valorização profissional de 10%.
Serviços da Copel
A eventual greve dos trabalhadores eletricistas do Paraná poderá afetar os serviços prestados pela Copel (Companhia Paranaense de Energia), segundo informou a categoria. Já que os profissionais são os responsáveis pela realização dos serviços de ligação, religação e manutenção da rede elétrica no Paraná.
A reportagem procurou a Copel, que informou que até o momento não recebeu demandas referentes à situação e que todo o sistema segue operando normalmente.