Cotidiano

Empreiteira pede mais 90 dias para concluir e obras do HRT atrasam

De acordo com o vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, o atraso ocorreu por conta de um cabo de energia que precisa ser comprado

Empreiteira pede mais  90 dias para concluir e obras do HRT atrasam

 

 

Toledo – A novela do Hospital Regional de Toledo ganhou um novo capítulo. A obra estava “pronta” em 2017, porém, precisou passar por uma reforça antes da inauguração. Agora, a expectativa era abrir o hospital no primeiro semestre de 2022, contudo não será possível, pois a empreiteira responsável pela obra solicitou mais 90 dias de prazo para finalizar os trabalhos.

De acordo com o vice-prefeito de Toledo, Ademar Dorfschmidt, o atraso ocorreu por conta de um cabo de energia que precisa ser comprado. Ademar explicou que, esse material precisa ser comprado no exterior e, custava um valor quando foi orçado e agora custa outro. Então, por conta de um pedido de reajuste de reequilíbrio econômico e financeiro desse material a obra atrasou. “Temos um cabo que liga toda a energia do Hospital Regional, que é um dos equipamentos mais caros para o término da obra e ele é importando. Então, houve essa discussão devido a compra desse equipamento e demora em torno desse período (90 dias) para vir.”

Dorfschmidt ainda informou que a empresa responsável garantiu que as obras devem ser entregues na primeira quinzena de agosto. “As demais estruturações estão praticamente conclusas. Houve um acordo agora na última reunião que no mais tardar no dia 10 ou 15 de agosto o hospital esteja entregue para que ele possa estar entrando em funcionamento.”

De acordo com ele, as obras se encontram 95% conclusas. “O bloco superior onde se encontram os oito centros cirúrgicos, os dez leitos de UTI e as salas pós-cirúrgicas estão praticamente conclusas. Também temos a parte das enfermarias que está bem avançado, acredito que já tem praticamente 95% da obra do Hospital Regional conclusa.”

Somente as obras de reforma já custaram R$ 5 milhões aos cofres públicos de Toledo. O vice-prefeito avalia que o total gasto desde o início das obras ainda é menor em comparação a construção de um hospital do mesmo porte nos dias atuais. “O que pode ser garantido é que o valor por metro quadrado é muito menor que se fosse fazer a licitação hoje do Hospital Regional.”

Para ele, a culpa do atraso se deu por conta da morosidade e da burocracia. “Na verdade, foi uma criminalização encima do Hospital Regional, falando que a obra não é de qualidade, mas a obra é de extrema qualidade, foi atestada por todos os engenheiros que passaram por lá e o custo também é menor que uma nova licitação”, disse, completando que “o que acontece foi a morosidade, a questão burocrática acaba impedindo, como por exemplo os impedimentos para trabalhar na obra por determinação do Ministério Público e isso acabou atrasando; também a alteração na legislação da Anvisa e tudo isso acabou atrapalhando porque o projeto é antigo e tudo precisou ser reestruturado.”

 

Concessão

Na segunda-feira (16), a Câmara de Toledo aprovou a concessão do uso do Hospital Regional de Toledo para a iniciativa privada. A concessão foi justamente um dos modelos sugeridos pela Secretaria de Saúde do Paraná para a gestão do hospital.

Em fevereiro desse ano, além de sugerir a concessão para uma entidade filantrópica, a Sesa sugeriu que o Município de Toledo abrisse o hospital e mantivesse as despesas até a conclusão da licitação.

Contudo, segundo Ademar, o município não tem condições, por conta disso, irá esperar uma entidade privada se credenciar para poder iniciar os atendimentos. “O município não irá assumir por nenhum período. O Município irá fazer um processo licitatório para uma instituição filantrópica ou uma instituição que cuide de saúde e quem vencer o certame irá trabalhar inicialmente. O Município já comunicou a Sesa que não fará essa atuação no início. O Município não tem estrutura para isso e a melhor forma foi acordado que será por uma instituição filantrópica ou uma instituição da área de saúde.”