Cascavel – O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, esteve reunido na tarde de ontem (2) em seu gabinete com os representantes dos servidores da Saúde, sindicato e o presidente da Câmara de Cascavel, vereador Alécio Espínola, quando propôs a criação de uma comissão da pasta para discutir a questão do atendimento e a situação de trabalho dos servidores. Este foi o primeiro encontro do prefeito desde a reunião que ocorreu na última sexta-feira (28) na Câmara Municipal e que muitas denúncias ligadas à saúde acabaram vindo à tona.
A reportagem do Jornal O Paraná está acompanhando o andamento da negociação dos servidores com a Secretaria Municipal de Saúde e da própria Comissão de Saúde da Câmara que repassou ao Poder Público um relatório com pelo menos 80 denúncias apuradas na reunião, que vão desde o atendimento nas unidades de saúde até as Upas (Unidades de Pronto Atendimento).
De acordo com o vereador Edson de Souza, presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, ele ajudou a organizar a reunião, mas não participou da porque está em viagem, mas relatou que todas as denúncias foram entregues ao prefeito e serão novamente discutidas na audiência pública da saúde que ocorre na próxima terça-feira (8), no período da manhã, na Amop, aonde todos órgãos ligados à saúde de Cascavel vão debater os problemas, para instituir a comissão permanente.
O vereador reforçou que o objetivo é discutir cada item apresentado durante as discussões, como a falta de funcionários, unidades fechadas, falta de insumos, assédio moral e o plano de cargos e carreira dos servidores. Outro problema apontado na reunião, foi a estrutura das unidades de saúde com as últimas chuvas, diversas acabaram sendo alagadas.
Karen Fracaro, assistente social da UPA Veneza, reforçou que os funcionários não estão contra a gestão, mas querem cobrar ações que melhorem os ambientes de trabalho, reforçando que é sempre importante dialogar com os servidores da base. “Prefeito se comprometeu em começar a discutir a saúde como um todo, ele nos garantiu isso”, reforçou a servidora.
Casos de síndrome respiratória grave tendem a crescer no PR
Curitiba – O número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda grave) tende a crescer em 23 unidades da federação, incluindo o Paraná, segundo o boletim semanal Infogripe, divulgado ontem (2) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), conforme dados levantados até o dia 29 de janeiro. Especialistas monitoram as tendências de casos de SRAG como um dos indicadores da pandemia, porque a síndrome é uma das complicações da Covid-19.
Em 2022, quase 80% dos 16 mil casos de SRAG viral já confirmados foram causados pelo novo coronavírus. Segundo a Fiocruz, o cenário é de crescimento dos casos de SRAG em todas as faixas etárias da população adulta, desde o final de novembro e início de dezembro, até o presente momento, exceto para a faixa etária de 20 a 29 anos.
Apesar disso, o boletim informa que é possível observar uma redução no ritmo de crescimento nos grupos abaixo de 70 anos. Entre crianças e adolescentes, os pesquisadores apontam manutenção na tendência de queda iniciada na virada do ano. O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, explica que o aumento dos casos SRAG está associado à covid-19 e que a epidemia provocada pelo vírus Influenza parece já ter atingido o pico de casos no fim de dezembro e se encerrado na maior parte dos estados.
Mais vacinas
O Paraná recebeu nesta quarta-feira (2) mais 332.750 vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca para dose de reforço. Na terça-feira (1º), a Secretaria estadual da Saúde já havia recebido 97 mil doses pediátricas da Pfizer para primeira aplicação, e ontem de noite chegaram mais 159.880 vacinas infantis da CoronaVac.
A Secretaria de Estado da Saúde anunciou nesta quarta-feira (2) que o estado já aplicou pelo menos 133.700 vacinas contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, doses administradas de 15 a 31 de janeiro, período em que o Estado recebeu as primeiras doses e iniciou a vacinação deste público. Considerando o número total de aplicações, estima-se que o Paraná tenha atingido cerca de 12,4% da população de 5 a 11 anos com a primeira dose. De acordo com o Ministério da Saúde, o Paraná possui 1.075.294 crianças nesta faixa etária.
Conforme o secretário de Saúde, Beto Preto, é importante que a população se conscientize da eficácia das vacinas e levem as crianças até um ponto de vacinação, principalmente com a predominância da variante Ômicron no Paraná. Até agora, o estado é o terceiro com maior número de aplicações neste público, somando 70.280 doses, atrás somente da Bahia (88.724) e São Paulo (869.963), respectivamente. No entanto, ainda há instabilidades da base nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e atrasos na notificação.
Dois milhões contaminados
A Secretaria de Estado da Saúde divulgou ontem (2) mais 19.352 casos confirmados e 39 mortes em decorrência da Covid-19. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.005.886 casos confirmados e 41.095 mortos pela doença.
Dos 39 óbitos confirmados pela secretaria 16 são mulheres e 23 homens, com idades que variam entre 4 e 91 anos. Os óbitos ocorreram entre 25 de janeiro a 2 de fevereiro de 2022. Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (7), Londrina (4), Cascavel (3), Wenceslau Braz (2), Paranaguá (2), Marialva (2), Guaratuba (2) e Almirante Tamandaré (2). Na lista, os municípios de Toledo, Terra Rica, Sarandi, Realeza, Pérola, Piraquara, Pinhais, Paranavaí, Mandaguari, Guarapuava, Faxinal, Califórnia, Cafelândia, Apucarana e Altamira do Paraná registram um óbito.