Economia

Bolsa cai 1,5%; dólar fica a R$ 5,56

O recuo nos preços tem a ver com as preocupações a respeito da pandemia de coronavírus, com o continente europeu voltando a registrar aumento nos casos

Bolsa cai 1,5%; dólar fica a R$ 5,56

São Paulo – A Bolsa brasileira (B3) fechou em queda de 1,47%, aos 114.835,43 pontos nessa quinta-feira (18), após o petróleo despencar 7% no exterior, em seu pior resultado em seis meses. O desempenho negativo da commodity puxou as ações da Petrobras, que cederam em torno de 3%, e também os índices de Nova York. O dólar, que reagia bem ao reajuste de 0,75 ponto percentual na Selic, também foi afetado e encerrou cotado a R$ 5,5695, em leve baixa de 0,30%.

No exterior, o petróleo WTI com vencimento para maio fechou em queda de 7,07%, pior resultado em seis meses, enquanto o Brent para mesmo mês cedeu 6,94%. O recuo nos preços tem a ver com as preocupações a respeito da pandemia de coronavírus, com o continente europeu voltando a registrar aumento nos casos. Além disso, o fortalecimento do dólar lá fora também pesou.

Nesse cenário, em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam com queda de 0,46%, 1,48% e 3,02%. A queda das ações das principais petroleiras colaborou para esse resultado.

Na semana, o Ibovespa avança 0,59% e no mês, 4,36%, colocando as perdas do ano a 3,51%.

A piora no petróleo deixou em segundo plano o aumento de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, anunciado na quarta pelo Banco Central para conter a alta da inflação no País. Com isso, a taxa agora passa a ser de 2,75% ao ano. Também saiu do foco a decisão do Federal Reserve (Fed, o BC americano), de manter entre 0% e 0,25% ao ano a taxa dos Estados Unidos. “Era para ter sido um dia melhor na Bolsa, mas o petróleo não ajudou. O Fed deixou muito claro que os juros nos Estados Unidos ficarão onde estão até 2023. Mas ainda há pressão sobre os retornos dos títulos do Tesouro americano, preocupação do mercado com inflação, enquanto o Fed segue atento ao emprego, com dados semanais sobre pedidos de auxílio que ainda mostram fragilidade da situação do trabalho por lá. As escolhas nos EUA também não são muito fáceis”, diz Rodrigo Friedrich, head de renda variável da Renova Invest.