Brasília – Após não conseguir fazer neste ano a maioria dos leilões planejados, devido à pandemia de covid-19, o Ministério da Infraestrutura prevê acelerar os certames em 2021. A previsão é fazer mais de 50 leilões de ativos no ano que vem, entre rodovias, ferrovias e terminais portuários e aeroportuários.
Esses ativos que serão concedidos à iniciativa privada devem atrair R$ 137,5 bilhões em compromissos de investimento ao longo do tempo de concessão e gerar 2,3 milhões de empregos direitos e indiretos. A expectativa é de que a União arrecade quase R$ 3 bilhões com os certames no ano que vem.
Os dados foram divulgados nessa segunda-feira (14), em entrevista coletiva de balanço de ações da pasta e de perspectivas para 2021. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, destacou que a prioridade do governo na área é atrair o investidor privado para modernizar e expandir a infraestrutura do País.
O ministro evitou comentar sobre os adiamentos deste ano. Antes da pandemia, a pasta previa leiloar 22 aeroportos, duas ferrovias, sete rodovias e uma série de terminais portuários. Somente os leilões de terminais portuários e de trecho da BR-101 em Santa Catarina foram realizados.
Foram quatro leilões de terminais portuários e um de rodovia federal até o momento. Na próxima sexta (18), mais quatro terminais portuários vão a leilão, totalizando nove concessões no ano. O governo também fechou a renovação antecipada das ferrovias Malha Paulista, Vitória-Minas e Carajás. A renovação das ferrovias da Vale é esperada até 31 de dezembro. As da MRS ficarão para 2021.
Com isso, o Ministério da Infraestrutura espera fechar o ano com cerca de R$ 31 bilhões de investimentos privados contratados. Além dos leilões, 86 obras prioritárias foram finalizadas, incluindo pavimentação e duplicação de diversas rodovias e a nova Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul.