Cotidiano

Novo cenário: Vazão das cataratas cai para menos de um terço da média

Baixa vazão expõe mais paredões do Parque Nacional do Iguaçu

Foto: RPC Foz do Iguaçu/G1
Foto: RPC Foz do Iguaçu/G1

Foz do Iguaçu – A estiagem volta a mudar o cenário das Cataratas do Iguaçu. Nessa sexta-feira (6), a vazão do Rio Iguaçu variou entre 350 e 452 m³/s (metros cúbicos por segundo), menos de um terço da média normal, de 1.746 m³/s. A expectativa é de que esse volume baixe mais ainda no início da semana.

A vazão abaixou bastante há uma semana. Segundo a Copel, isso ocorre devido à falta de chuva e à ação preventiva de poupar água dos reservatórios do Rio Iguaçu e de outras bacias para a produção de energia elétrica. Ou seja, as usinas retêm mais água em seus reservatórios.

Embora na região oeste as chuvas voltaram a ocorrer neste início de ano, elas ainda estão abaixo da média. O Rio Iguaçu é o maior rio do Paraná; é afluente do Rio Paraná, formado pelo encontro dos Rios Iraí e Atuba na parte leste de Curitiba. Ou seja, para aumentar a vazão nas cataratas é preciso uma série de fatores, como chover nas nascentes do rio que ficam na Região Metropolitana de Curitiba.

Segundo a Copel, existem seis usinas hidrelétricas no leito do Rio Iguaçu.

Sem passeio

Além da mudança do cenário, com mais pedras à vista e a água descendo branquinha das cachoeiras, a baixa vazão ameaça o passeio de bote do Macuco Safári, que pode ser suspenso conforme a avaliação dos guias, devido à segurança.

A primeira vez, em 32 anos, que a concessionária suspendeu as atividades no Rio Iguaçu foi no dia 14 de outubro de 2019, quando o volume da água caiu para 594 m³/s, conforme a Copel.