Variedades

MAC Paraná completa 51 anos e comemora com ampla programação

Entre as atrações estão o "aniversário online" do Museu, 67ª edição do Salão Paranaense de Arte Contemporânea e exposições de artistas paranaenses com interação do público

Neste mês de março, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná completa 51 anos de existência. É mais de meio século de história como espaço de formação para artistas e críticos; como aliado no ensino das artes para professores e alunos; e como espaço diverso, inclusivo e plural de acesso à arte para o grande público.  - Foto: Nego Miranda
Neste mês de março, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná completa 51 anos de existência. É mais de meio século de história como espaço de formação para artistas e críticos; como aliado no ensino das artes para professores e alunos; e como espaço diverso, inclusivo e plural de acesso à arte para o grande público. - Foto: Nego Miranda

Neste mês de março, o MAC (Museu de Arte Contemporânea do Paraná), um dos espaços culturais do Governo do Estado, completa 51 anos de existência. O museu chega a mais de meio século de história como centro de formação para artistas e críticos, como aliado no ensino das artes para professores e alunos, e, como espaço diverso, inclusivo e plural de acesso para o grande público.

Para os próximos meses, nas comemorações desse aniversário, o MAC Paraná programou diversos projetos e atividades, como o tradicional Salão Paranaense de Arte Contemporânea, a exposição da artista Dulce Osinski e ações online para discutir a arte indígena contemporânea no Estado, entre outros temas. Está sendo fechada, ainda, uma parceria com universidades do Paraná para o projeto de abrangência estadual Possíveis Conexões, no segundo semestre.

A programação fortalece os objetivos da atual gestão do museu, dirigido pela curadora e produtora Ana Rocha, de torná-lo cada vez mais inclusivo e diverso. “A ideia de um museu vivo, em constante processo de transformação, é, para mim, o que define um museu de arte contemporânea”, explica. “Ele nunca terá um escopo completamente definido e deve estar atento e em diálogo com as questões urgentes da sociedade”, diz Ana Rocha.

O MAC Paraná é gerido pela Secretaria da Comunicação Social e da Cultura via Superintendência Geral da Cultura. Para a superintendente-geral Luciana Casagrande Pereira, ao longo dos anos o museu tornou-se uma espécie de primeira casa para muitos dos artistas paranaenses que hoje encontram reconhecimento além das fronteiras. “Tanto o Salão Paranaense quanto importantes mostras que passaram pelo MAC Paraná formam um grande caleidoscópio da produção da arte contemporânea das últimas décadas”, afirma.

DESTAQUES – Entre os destaques da programação para os próximos meses está a exposição do Salão Paranaense de Arte Contemporânea. Em sua 67ª edição, o Salão vem ao encontro de uma revisão sobre a coleção do museu e lacunas que nela existem, com o objetivo de ampliar a diversidade e a pluralidade de vozes representadas nesse acervo.

Com edital aberto a artistas brasileiras e brasileiros de todo o território nacional, o salão, de maneira inédita, valorizou e incentivou a inscrição de grupos que sofrem discriminação baseada em raça, gênero, etnia, cultura e pessoas LGBTQI+.

Outro projeto pautado pelas atuais diretrizes é o Possíveis Conexões, uma grande exposição-laboratório em que todas as atividades que compõem a criação de uma mostra serão transformadas em cursos abertos a centenas de estudantes de artes de todo o Paraná e à comunidade em geral. O resultado desse processo será uma grande mostra que trará visibilidade à produção universitária estadual, prevista para 2022.

A produção da pintora, desenhista e gravadora paranaense Dulce Osinski também vai ganhar duas exposições promovidas pelo MAC Paraná. Uma será dedicada a novos trabalhos da artista de Irati, com curadoria de Benedito Costa Neto e a segunda fará um resgate histórico de sua importante produção em constante transformação.

Nos últimos meses, o Museu de Arte Contemporânea do Paraná também promoveu uma série de ações online para levar arte ao público durante o período de isolamento social. Além de valorizar seu acervo por meio das redes sociais, o museu foi escolhido o representante brasileiro da exposição online Do It Home, promovida pelo Independent Curators Intl e com curadoria de Hans Ulrich Obrist.

Nesse programa, o público teve contato com uma série de instruções de artistas como Olafur Eliasson, BTS e Jota Mombaça para produzir obras de arte e se desconectar, por alguns momentos, da vida digital.

ENCONTROS – Dando continuidade às ações culturais online, o museu vai promover, nos próximos meses, uma série de encontros para discutir temas pertinentes à arte contemporânea – da arte indígena contemporânea no Paraná a uma discussão sobre curadoria e a relação entre museus e universidades.

Dessa forma, o MAC Paraná se fortalece como museu que tem a missão de estabelecer um diálogo crítico entre passado e presente, culturas e territórios; promover o encontro entre os públicos e a arte por meio de experiências inclusivas e transformadoras. Além de ampliar, pesquisar, preservar e difundir seu acervo, cada vez mais plural.

ANIVERSÁRIO ONLINE – Para marcar os 51 anos da instituição, o MAC Paraná publica em seu perfil no Instagram uma série de depoimentos de artistas, críticos, ex-funcionários e do próprio criador do museu, o artista Fernando Velloso. Por meio dos depoimentos, constrói-se um panorama crítico sobre o passado, o presente e o futuro do museu.