Pouca gente sabe o quanto os rins são importantes. Sua principal, e mais conhecida função, é a filtragem de substâncias tóxicas no organismo. Porém, o órgão desempenha muito mais do que isso: mantém o equilíbrio entre os minerais do organismo (como sódio, potássio); regula o pH do sangue; equilibra o volume líquido do corpo; e, produz hormônios e substâncias benéficas para o organismo como a vitamina D.
Mesmo sendo essencial para a vida, é difícil encontrar quem esteja atento aos cuidados necessários. E essa falta de cuidado pode levar a consequências: sérios problemas renais, tais como infecções, cálculos e até mesmo a insuficiência renal crônica, que habitualmente, submete o paciente a um transplante do órgão.
Entenda a diferença:
Insuficiência renal aguda
Também chamada de lesão renal aguda, essa falha renal se caracteriza pela perda súbita da capacidade dos rins. Geralmente acomete pacientes já hospitalizados.
Insuficiência renal crônica
É a perda lenta e gradual da capacidade do órgão em realizar suas funções.
Atenção!
A DRC (Doença Renal Crônica) possui uma taxa crescente de mortalidade que atinge 10% da população mundial e na maior parte das vezes é silenciosa. Para alertar a população sobre o impacto da doença renal, a agenda global de saúde reserva o mês de março para marcar o Dia Mundial do Rim, lembrado em 14 de março.
Saúde renal em números:
– Estimativa de que 850 milhões de pessoas, no mundo, tenham doença renal decorrente de causas variadas (Sociedade Internacional de Nefrologia).
– No Brasil, aumento de quase 200% de pacientes com doença renal crônica, que precisam de diálise – de 42 mil para 122 mil pessoas entre 2000 e 2016. (Sociedade Brasileira de Nefrologia).
Cuidados que devemos ter com os rins para evitar doenças graves
– Realizar exames laboratoriais periódicos: coleta de sangue (para checagem de ureia e creatinina no organismo), urina (com a finalidade de detectar proteínas ou sangue na urina) e até mesmo ultrassonografia (que mostra a morfologia renal, indicando se os rins já apresentam mudanças em seu formato regular);
– Fortalecer cuidados com a alimentação, praticar atividades físicas, não fumar ou beber são fundamentais para evitar doenças renais.
Grupos de risco das doenças renais:
A incidência da doença renal crônica é mais comum em alguns grupos de pessoas. Indivíduos com diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, obesidade e doenças cardiovasculares devem redobrar os cuidados com o rim.
É importante lembrar que a insuficiência renal crônica pode atingir pessoas de qualquer idade.
Jornada do paciente com insuficiência renal crônica:
Sintomas
A doença renal pode ser silenciosa. Os sintomas do início do quadro podem ser: fadiga, sonolência, coceira, náusea, dormência de mãos, pés, mau hálito e alteração de apetite. Além disso, a diminuição na quantidade e na frequência de urina pode ocorrer.
Diagnóstico
Os problemas renais podem ser identificados pela análise de urina e/ou do sangue. O que determina o quadro é o nível de proteínas como a albumina (urina) e creatinina (sangue) em proporções instáveis.
Prevenção
Controle dos quadros de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares são fundamentais para evitar a falha renal. Além disso, dieta com baixos níveis de sal e açúcar, a prática de exercícios, controle da pressão arterial, eliminação do tabagismo e exames periódicos são relevantes para a prevenção.
Tratamento
O paciente possui algumas frentes terapêuticas para a reposição da função renal nos quadros de insuficiência:
– Diálise: nos formatos peritoneal e hemodiálise
– Medicamentos
– Transplante