SAÚDE

Saúde segue no combate e alertas sobre os riscos do “cigarro eletrônico”

A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é a constituição química, mas ambos trazem vários prejuízos à saúde

Cigarro eletrônico
A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é a constituição química, mas ambos trazem vários prejuízos à saúde

Com objetivo de orientar e disseminar mais conhecimentos sobre os riscos do uso do cigarro eletrônico, a Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Cascavel realiza nesta quinta-feira (16), a partir das 14h, no auditório da Prefeitura Municipal, a palestra sobre os cigarros eletrônicos. A ação faz parte da programação da Campanha “Pod, Não Pode” que está sendo bastante enfatizada pelos órgãos de saúde.

O evento é aberto e destinado aos educadores que trabalham diariamente com público jovem que precisa ser orientado. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), apontam que cerca de 70% dos usuários têm, atualmente, entre 15 e 24 anos. Podem participar os responsáveis por colégios públicos e privados e também instituições de ensino superior para que sejam replicadores das informações dentro de suas instituições escolares.

Apesar de os vapes terem concentrações menores de nicotina, que se encontra no estado líquido, eles apresentam mais de 80 substâncias tóxicas que variam de acordo com o produto. A diferença entre cigarro eletrônico e o convencional é a constituição química, mas ambos trazem vários prejuízos à saúde. De acordo com decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Brasil segue proibida a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e a propaganda de cigarros eletrônicos.

Campanha orientativa

De acordo com a gerente da Vigilância Sanitária de Cascavel, Leyde Peder, o setor está intensificando as ações de forma orientativa, desde segunda-feira (13). Os servidores estão indo até os estabelecimentos repassando orientações e explicando a resolução em vigência, assim como os riscos sobre utilização de cigarro eletrônico.

Apesar da campanha de orientação, durantes as fiscalizações, caso a equipe flagre o comércio do cigarro eletrônico, o responsável legal pelo estabelecimento poderá ser notificado e responder a um processo administrativo. “A lei já existia, só não era cumprida”, disse Leyde. Nesta semana, 97 estabelecimentos já foram orientados e receberam termos de ciência e sobre a legislação.

Nos casos em que os fiscais constatarem irregularidades, serão realizadas notificações, uma vez que a legislação sanitária prevê penalidade, como advertência até aplicação de multas que podem variar de R$ 500 até R$ 50 mil. Em caso de estabelecimentos comerciais, é lavrado o auto de infração, seguido de processo administrativo sanitário, com direito a julgamento.  Vale destacar que o foco da Vigilância Sanitária é prezar pela saúde da comunidade.

A campanha está sendo realizada pelos fiscais da vigilância, que abordam os locais e fazem a entrega de folder e de panfleto. A mesma campanha também está sendo levada as redes sociais e, paralelo a isso, existe também uma fiscalização que acontece à noite, com junto com outros órgãos de segurança pública. “Deixamos claro que o cigarro eletrônico não tem um cheiro tão agressivo quanto o cigarro comum, o que faz com que as pessoas tenham uma ideia errônea de que ele não cause nenhum tipo de mal”, disse, alertando que a composição dos vapes “são extremamente prejudiciais à saúde”.

Leyde Peder reforçou ainda que outro ponto que é trabalhado é sobre os problemas que este tipo de cigarro traz, principalmente em longo prazo, para os adolescentes e demais pessoas que utilizam. “Acho muito importante que as pessoas tenham conhecimento e se conscientizem disso, porque não adianta apenas a sensibilização por parte dos órgãos, mas também é bem importante que os pais conversem com os seus filhos sobre isso”, frisou.

Contra o tabaco

O Brasil é reconhecido internacionalmente por sua política de controle do tabaco. Em julho de 2019, tornou-se o segundo país a implementar integralmente todas as medidas previstas pela Organização Mundial de Saúde no intuito de reduzir o consumo do tabaco e proteger as pessoas das doenças crônicas não transmissíveis.

Foto: ABR/ Sarahjohnson1/Pixaba