Agronegócio

Seguro rural: Cresce o acionamento por perdas

As perdas na safra 2017/2018 causadas pela seca prolongada que castigou lavouras inteiras no Sul do País estão sendo reparadas aos produtores que adquiriram o seguro agrícola.

Segundo o grupo segurador Banco do Brasil, a Mapfre, que detém 70% do mercado de seguros rurais do País, a produção de milho safrinha no Paraná foi uma das mais prejudicadas, representando 42% dos sinistros comunicados e 26% dos prejuízos apurados até o momento.

“O cultivo de milho de segunda safra já estava menor em relação ao ano anterior e a falta de chuva afetou o desenvolvimento do cereal, o que comprometeu o processo de produção. Mais de 92% dos produtores rurais que tiveram perdas em suas plantações foram impactados pela estiagem, muito mais severa este ano", explica Paulo Hora, diretor técnico de seguros rurais do grupo.

A área indenizada chegou a 111 mil hectares e mais de R$ 56 milhões serão pagos aos produtores afetados no estado.

A segunda safra de milho é a principal do País, uma vez que produtores têm apostado mais na soja na primeira safra. "Muitos agricultores têm acionado o seguro, uma vez que, em algumas propriedades, os prejuízos chegam a 100%. As vistorias já foram realizadas, os prejuízos apurados e estamos finalizando o pagamento dos sinistros aos produtores", explica o diretor.

Atualmente, o grupo disponibiliza aos produtores o produto BB Seguro Agrícola, que protege a lavoura de problemas com o clima como chuvas excessivas, incêndio, queda de raio, tromba d'água, ventos fortes, friagem, granizo, seca, geada e variações excessivas de temperatura.

"As indenizações reforçam a importância do seguro, que é uma ferramenta estratégica para quem produz no campo. É um aliado do produtor, permitindo que ele recupere parte do capital investido em caso de intempéries climáticas", ressalta.