Policial

Prefeitura exonera dois servidores por desvios

Após a conclusão de processo administrativo disciplinar que investigou desvio de combustível da Prefeitura de Cascavel em uma marcenaria no Bairro 14 de Novembro, dois servidores acusados do crime foram exonerados.

A sindicância aberta na Corregedoria da Casa Civil levou um ano e meio para ser concluída e confirmou uma investigação anterior de seis meses, em 2017, que levou ao flagrante do crime.

Conforme consta no Diário Oficial do Município de Cascavel, o motorista Rosevaldo Maia (15 anos no serviço público) e o auxiliar de serviços gerais Adão Jair dos Santos (19 anos na prefeitura), ambos lotados na Secretaria de Serviços e Obras Públicas, deixaram a função na semana passada.

Roselvado tinha remuneração de R$ 2,5 mil e Adão de R$ 2 mil – pagamentos que haviam sido mantidos durante a investigação.

O caso

Em junho de 2017, os dois servidores foram flagrados pela Polícia Militar após denúncia do vereador Sebastião Madril (PMB). Na época, a administração municipal constatou que os servidores conduziam um caminhão com dois tanques de cerca de 200 litros. Além do tanque normal do veículo, outro tanque abastece o motor que mantém o material aquecido.

No momento do flagrante havia cerca de 30 galões vazios onde seria depositado o diesel que seria desviado.

Após a abordagem na marcenaria, os policiais foram até a casa do proprietário da empresa, onde mais dez galões cheios de diesel foram encontrados.

A exposição do caso fez com que o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) chegasse a responder a processos movidos pelos suspeitos por injúria e difamação.

O combustível apreendido pela Polícia Civil foi devolvido ao Município.

Os servidores não foram encontrados pela reportagem para comentar as demissões nem os processos.

Ação criminal

Na 15ª SDP (Subdivisão Policial), os dois servidores públicos demitidos foram presos em flagrante por peculato. Um terceiro envolvido que não atuava na prefeitura também foi preso.

A fase policial foi concluída e o processo está Ministério Público, que ainda analisa se fará ou não denúncia na Justiça.