Policial

Polícia prende quadrilha que vendia material cirúrgico usado

Grupo é suspeito de reaproveitar produtos uso único utilizados em cirurgias urológicas. O material era comercializado de forma clandestina para médicos de todo o Estado.

Polícia prende quadrilha que vendia material cirúrgico usado

A PCPR (Polícia Civil do Paraná) cumpriu nesta terça-feira (24) 12 mandados judiciais contra uma quadrilha suspeita de reaproveitar materiais de uso único (descartáveis), utilizados em cirurgias urológicas. Os investigados revendiam os produtos de forma clandestina para médicos de todo o Estado.

A operação batizada como Autoclave aconteceu em Maringá, Mandaguaçu e Sarandi, na região Norte do Paraná. As investigações iniciaram em março deste ano, após uma denúncia na cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Ao longo da ação foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e sete de busca e apreensão. Diversos materiais cirúrgicos e documentos foram apreendidos.

Os principais alvos da operação são ex-funcionários de empresas que fornecem equipamentos e materiais cirúrgicos para médicos do Paraná. Um empregado de uma empresa de esterilização também foi preso temporariamente durante a operação.

Conforme apurado, o grupo criminoso se apossava de materiais cirúrgicos que deveriam ir para o descarte, após serem usados em procedimentos cirúrgicos, e os mandava para esterilização. Depois, negociavam o material diretamente com médicos por um valor abaixo do mercado, sem que a empresa na qual prestavam serviço ter conhecimento.

No curso das diligências, a PCPR identificou atuação dos suspeitos em diversos municípios do Estado, como Campo Mourão e Cianorte, na região Noroeste, e também Pato Branco e Francisco Beltrão, na região Sudoeste.

As investigações devem continuar, com o intuito de apurar o possível envolvimento de médicos com o esquema criminoso.

Os cinco homens presos na ação, com idades entre 26 e 51 anos, foram indiciados por adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos e medicinais, indução de consumidor a erro, falsidade ideológica e associação criminosa. Se condenados, podem pegar de 17 a 28 anos de reclusão.