Toledo – A versão preliminar do levantamento da produção rural paranaense por município referente à safra 2018/2019, elaborado pela Seab (Secretaria da Agricultura e do Abastecimento) e pelo Deral (Departamento de Economia Rural), confirma a liderança absoluta de Toledo no campo, o único Município do Paraná a registrar VBP (Valor Bruto da Produção) Agropecuária acima de R$ 2 bilhões.
A região oeste aparece bem no ranking das maiores produções no Paraná, com seis dentre os dez melhores. A classificação é a seguinte: 1º, Toledo, com VBP de R$ 2.689.201.231,78; em segundo está Castro (Campos Gerais), com R$ 1.720.875.243,64; Cascavel vem logo na sequência, com R$ 1.671.433.528,56; o quarto lugar é de Guarapuava com 1.284.109.855; Marechal Cândido Rondon é o quinto, com R$ 1.159.331.346,25; em sexto está Santa Helena, com R$ 1.082.888.625,22; logo atrás está Dois Vizinhos, com VBP de R$ 1.053.996.513,00; então Assis Chateaubriand e Palotina ocupam a oitava e a nona colocação, com R$ 1.048.150.584,18 e R$ 1.042.281.127,01, respectivamente.
No total, o VBP da região oeste soma R$ 22.767.008.587,46, aumento de 11,6% em relação à produção de 2017/2018 (em valores correntes), que foi de R$ 20.398.791.779,56.
Embora um pouco acima do crescimento estadual, de 9%, o oeste manteve a participação de 23,3% no VBP do Paraná, que somou R$ 97,7 bilhões (no período anterior foi de R$ 89,8 bilhões). Se considerada a inflação, o aumento estadual foi de 3%.
Produtos principais
A proteína animal é o carro-chefe na maioria dessas cidades. Em Toledo, por exemplo, o suíno de corte representa R$ 789.030.306,62 e frango, R$ 578.969.165,27.
Em Cascavel, o VBP é puxado pela soja, com R$ 399.051.938,90, seguida de frango de corte, com R$ 310.887.370,11.
Segundo maior produtor do Estado, Castro se destaca pela produção de leite, que, sozinha, representa R$ 432.981.014,40, seguida pela soja, com R$ 313.932.841,53.
Valorização
A técnica do Deral Larissa Nahirny explica que, de modo geral, a valorização da proteína animal se destacou em 2019: “Houve uma valorização do produto pecuário, uma produção forte avícola e de suínos também. A parte da pecuária teve um VBP total de R$ 48,5 bilhões, correspondendo a 50% do total do Estado. Foi o maior índice do produto pecuário desde que o levantamento passou a ser realizado no Paraná”, considera.
Larrisa ressalta ainda que esse aumento foi impulsionado pelos bons preços e pela boa demanda nacional e internacional da proteína animal. Para 2020, a expectativa é de que o cenário permaneça favorável.
Análise
Os valores preliminares podem ser questionados e corrigidos pelos municípios em um prazo de 30 dias. Os números definitivos devem ser publicados até o fim de setembro. O índice é uma das referências para a distribuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e, por isso, é de interesse dos municípios que os valores sejam revisados e, se necessários, corrigidos.
Milho compensou quebra na soja
Nas lavouras, a produção de milho em 2019, especialmente da 2ª safra, compensou a quebra registrada na safra da soja. “A soja é o nosso principal produto, mas foi uma safra ruim e o preço também não ajudou. De 2018 para 2019 a valorização da saca de 60kg foi de 4,5%. O VBP da soja no Estado ficou em R$ 19,9 bilhões; já o milho, além da valorização de 6,8% da saca, ainda teve aumento na produção de 39% em relação a 2018, o que equilibrou a perda da soja”, ressalta a técnica Larissa Nahirny.
Para Larissa, o VBP de 2020 terá boas influências por conta da safra com boa produção e a valorização dos grãos. O preço médio da soja é de R$ 86,99, enquanto em 2019 era de R$ 72,83. Já o milho, em 2019, custava R$ 31,70/saca e, agora, está em R$ 40,80/saca.