Policial

Paraguai aperta cerco a facções brasileiras

O Paraguai tem fechado o cerco a criminosos ligados a facções brasileiras como PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho, que estão instaladas na tríplice fronteira, região de Foz do Iguaçu.

Agora, as autoridades paraguaias expulsaram do país o traficante brasileiro Fábio Souza dos Santos, conhecido como Geleia, de 28 anos, ligado à facção carioca Comando Vermelho. Ele estava preso desde agosto em Assunção, e agora foi descoberto um plano para seu resgate.

Santos foi entregue à Polícia Federal brasileira nesta semana na Ponte da Amizade.

A extradição de Santos é a quarta realizada pelas autoridades paraguaias em menos de dois meses, atendendo a um apelo do presidente Mario Abdo Benítez para conter o avanço das facções criminosas brasileiras em seu território.

De acordo com o ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, dentro dos presídios os traficantes brasileiros corrompem policiais e cooptam mão de obra paraguaia para o tráfico de drogas e armas. E, com isso, vão se ramificando.

"Não podemos ter fugitivos internacionais dedicados ao narcotráfico em liberdade dentro do país com o auxílio de medidas substitutivas outorgadas por um juiz", disse Villamayor sobre Santos. Segundo ele, o brasileiro integra um "grupo criminal de alta periculosidade".

O criminoso se refugiou no Paraguai após ser condenado a 30 anos de prisão pela morte de um policial civil em outubro de 2017, na Bahia. Mesmo com essa condenação, ele conseguiu tirar uma cédula de identidade paraguaia. Quando foi preso, Santos estava com um revólver calibre 44 e uma pistola 9 mm, além de cartuchos e carregadores, por isso, responde também por porte ilegal de arma e munição no Paraguai.