Cotidiano

Nova marca: Itaipu produz energia para iluminar o mundo por 43 dias

Itaipu se consolida como a usina que mais produz no mundo

Nova marca: Itaipu produz energia para iluminar o mundo por 43 dias

Foz do Iguaçu – A usina hidrelétrica de Itaipu chega, nesta sexta-feira (14), aos 2,7 bilhões de megawatts-hora (MWh) de energia acumulada desde o início da operação, em maio de 1984. É uma marca histórica para o empreendimento binacional, líder mundial em geração de energia limpa e renovável, que reforça a importância estratégica da hidrelétrica para o desenvolvimento sustentável e a segurança energética do Brasil e do Paraguai.

Em 2023, quando o Tratado completará 50 anos e o anexo C, que trata das bases financeiras, será revisado, Itaipu provavelmente terá já cravado 3 bilhões de MWh de energia acumulada – índice que dificilmente outra usina no mundo conseguirá alcançar, nem mesmo aquelas que começaram a produzir antes da binacional.

A usina de Three Gorges (Três Gargantas, na China), por exemplo, a maior do mundo em potência instalada, considerando a média de produção dos últimos seis anos, alcançaria Itaipu apenas em 2347.

Quanto mais Itaipu produz, melhor para o consumidor, que paga menos pelo uso de energia limpa e renovável, e também para o governo, que precisa recorrer menos às termelétricas.

Estratégica

Hoje Itaipu é responsável por atender quase 15% do mercado brasileiro de energia elétrica e 93% do Paraguai. Os 2,7 bilhões de MWh produzidos ao longo de 35 anos e nove meses de operação seriam suficientes para abastecer todo o planeta por 43 dias.

Também seria possível suprir o Brasil por cinco anos e nove meses; o Paraguai, por 190 anos; o Estado de São Paulo, por 20 anos; o Estado do Paraná, por 86 anos; a cidade de São Paulo, por 99 anos; a cidade do Rio de Janeiro, por 155 anos, ou outras 4.657 cidades com porte similar ao de Foz do Iguaçu, por um ano.

Além de toda essa energia produzida, Itaipu também se consolida por ter, hoje, os melhores índices de produtividade de todo o histórico. Ou seja, aproveita ao máximo a água que chega para gerar energia, evitando todo tipo de desperdício. “É uma espécie de caixa de água, um seguro. Uma poupança energética para atender a população brasileira e paraguaia e gerar todo tipo de riqueza e bem-estar”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.

O diretor ressalta que esses benefícios são traduzidos em energia não poluente, cuidado com o meio ambiente, pagamento de mais de US$ 10 bilhões em royalties e, agora, mais recentemente, em obras estruturantes que trazem legado para ambos os países. “Tudo isso em um ambiente altamente amigável, onde brasileiros e paraguaios, assim como sua diretoria executiva, trabalham tendo como princípios básicos o respeito e a diplomacia”, completa.

Energia limpa

Para fins de comparação, o equivalente térmico da geração de Itaipu é de 15,3 milhões de barris de petróleo (beps) por dia. Como referência, a produção média de petróleo, no pré-sal, foi de 2,183 milhões de barris por dia em 2019, segundo fontes da Agência Brasil.

Se tomarmos como referência as reservas totais de petróleo do Brasil, da ordem de 12,7 bilhões de barris, seria necessário consumir 44% desse petróleo para produzir os 2,7 bilhões de MWh de energia.

Futuro

Para garantir a sustentabilidade da usina para as próximas gerações, Itaipu está colocando em andamento a atualização tecnológica de suas unidades geradoras. A expectativa é atualizar os sistemas de duas unidades geradoras por ano. Como são 20 unidades, esta fase deve ser executada em dez anos.