Policial

Justiça nega recurso e Meneghel voltará à prisão

Meneghel foi condenado a 34 anos e 6 meses de prisão em 2017 pela morte do policial federal Alexandre Drummond Barbosa, ocorrida em 2012

Justiça nega recurso e Meneghel voltará à prisão

O Tribunal de Justiça do Paraná negou na tarde de ontem (3) o recurso da defesa do ruralista Alessandro Meneghel no qual pedia para continuar em liberdade durante a tramitação de outros recursos que correm em esfera superior para a redução da pena de Alessandro.

Meneghel foi condenado a 34 anos e 6 meses de prisão em 2017 pela morte do policial federal Alexandre Drummond Barbosa, ocorrida em 2012. A pena foi reduzida para 29 anos. Meneghel cumpre a pena em liberdade fazendo uso de tornozeleira eletrônica, desde que alegou que precisava cuidar da mãe doente.

Com a decisão não cabe novo recurso. Em segundo grau foram esgotados os argumentos e cabe agora discussões no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A prisão depende apenas da expedição do mandado de prisão, tão logo o juiz da comarca seja notificado. A ordem deve ser cumprida pela Polícia Civil.

Meneghel deve ser levado à Cadeia Pública de Cascavel e somente após passar por audiência de custódia será encaminhado a uma penitenciária. Meneghel já esteve preso na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), onde, inclusive, intermediou as negociações para o fim da rebelião de agosto de 2014, quando cinco presos foram mortos.

O advogado de defesa de Meneghel, Cláudio Dalledone Júnior, não vai se pronunciar sobre a decisão.

A reportagem fez contato com Alessandro, que no momento da ligação disse que ainda não havia sido informado da decisão. Ele não quis se manifestar.

O crime

O crime aconteceu em frente a uma casa noturna na Rua Paraná em 2012. Alessandro Meneghel e o policial federal Alexandre Drummond Barbosa teriam se desentendido dentro da boate. Meneghel saiu, foi até sua casa buscar uma arma e voltou ao local, onde atirou contra o policial que estava na calçada. Alexandre morreu na hora.

O caso gerou grande repercussão e comoção e foi alvo de muita polêmica durante todos os trâmites legais.

Meneghel foi preso horas depois do crime e foi solto em 2015, fazendo uso da tornozeleira.

Após a condenação, em 2017, Meneghel continuou em liberdade, que foi revogada com a decisão de ontem.